Lição 3 - As abominações do templo I

Imprimir

ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

QUARTO TRIMESTRE DE 2022

Adultos - A JUSTIÇA DIVINA - A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel

COMENTARISTA: ESEQUIAS SOARES DA SILVA

COMENTÁRIO: PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO

LIÇÃO Nº 3 – AS ABOMINAÇÕES DO TEMPLO

INTRODUÇÃO

- Ezequiel é levado pelo Senhor ao templo em Jerusalém para presenciar as abominações que eram feitas ali, na própria casa de Deus.

- Os judaítas não tinham mais a menor reverência a Deus no templo de Jerusalém.

I – A VISÃO DE EZEQUIEL NO TEMPLO DE JERUSALÉM – A IMAGEM DE CIÚMES

- O profeta Ezequiel foi levado para a Babilônia, segundo os cronologistas bíblicos Edward Reese e Frank Klassen, em 16 de março de 598 a.C., na terceira deportação, onde foram levados 10.000 cativos, incluindo o rei de Judá, Joaquim (II Rs.24:10-15; II Cr.36:10).

- Ezequiel era de linhagem sacerdotal (Ez.1:3) e começou a ter visões proféticas quando tinha trinta anos de idade, no quinto ano do cativeiro, o que mostra que foi levado cativo quando tinha 25 anos de idade, precisamente a idade em que poderia iniciar o seu ofício sacerdotal.

- Treinado para exercer o sacerdócio, Ezequiel era alguém que conhecia muito bem o templo em Jerusalém, havia sido preparado para ali servir ao Senhor, e, portanto, quando lhe foram reveladas abominações naquele lugar sagrado, como vemos no capítulo 8 de seu livro, no sexto ano do seu cativeiro, ele pôde aquilatar bem o desagrado divino para com o povo judaíta e, deste modo, observar como era justa a determinação para a destruição tanto do templo quanto de Jerusalém.

- Vivia-se um tempo de apostasia generalizada do povo de Judá e de início da execução do juízo que o Senhor tinha dito iria efetuar desde o término do reinado de Manassés, num período de cerca de 40 anos, conclamando o povo ao arrependimento, mas sem êxito.

- Por isso, este período é de singular exemplo para nós, que também estamos a viver um tempo de apostasia espiritual e de início da execução do juízo que o Senhor tem determinado sobre o mundo por ter rejeitado Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o chamado “princípio das dores” (Mt.24:8).

- E, como “não há nada novo debaixo do sol” (Cf. Ec.1:9), temos que, infelizmente, estas mesmas abominações se encontram em nossos dias e, por isso, vamos fazer uma breve reflexão para que não venhamos a ser destes que estão a cometê-las, até porque o resultado desta prática, como vemos no capítulo 9 do livro do profeta Ezequiel, é o extermínio, a morte daqueles que tiveram tais atitudes. Que Deus nos guarde!

- Ezequiel estava assentado em sua casa juntamente com os anciãos de Judá. De repente, veio sobre o profeta uma semelhança como aparência de fogo, sendo que, dos lombos para baixo era fogo e dos lombos para baixo aspecto de resplendor, como cor de âmbar. (Ez.8:1,2).

- Ezequiel, então, viu como uma mão que tomou pelos cabeços da sua cabeça e lhe levou até Jerusalém em visões de Deus até a entrada da porta do pátio de dentro, que olha para o norte (Ez.8:3).

- Ezequiel estava sentado com os anciãos, mas só ele viu a glória de Deus, só a ele veio o Senhor, só ele foi transportado em visões de Deus.

- Também, só os que nascem de novo ao crer em Jesus veem o reino de Deus (Jo.3:3), só os que servem a Deus podem ser transportados para Jerusalém, e não a Jerusalém terrestre, para onde foi levado em visão o profeta, mas a Jerusalém celestial, onde para sempre habitaremos com o Senhor.

- E, a qualquer instante, temos acesso aos céus, onde o Senhor nos abriu um novo e vivo caminho, podendo chegar à presença do Senhor, ao trono da graça (Hb.4:14-16; 10:19-23).

- O profeta foi transportado até a entrada do pátio do templo, do lado de dentro, e, para sua surpresa, a primeira coisa que ali viu foi uma imagem dos ciúmes, que provoca o ciúme de Deus (Ez.8:3).

- O local onde o profeta se achou era frequentado por todos os israelitas, era a entrada do templo, onde todos se dirigiam para levarem seus sacrifícios e ofertas ao Senhor, sendo recepcionados pelos sacerdotes a fim de que houvesse os sacrifícios no altar que ficava logo adiante.

- Entrava-se no templo com o objetivo de se apresentar diante de Deus, seja por meio da expressão do arrependimento em sacrifício pelos pecados, seja por meio de louvor e gratidão ao Senhor por meio das ofertas e sacrifícios pacíficos.

- Para surpresa do profeta, porém, ali foi vista uma “imagem dos ciúmes”, ou seja, um ídolo que estava concorrendo com a adoração ao Senhor, um “concorrente de Deus” (Ez.8:5).

- Não se sabe que imagem seria esta exatamente. O rei Manassés cometeu esta desatino (II Rs.21:7; II Cr.33:7), mas não era aquela mesma imagem, pois ela fora destruída por Josias, seu neto (II Rs.23:6), mas alguém repetira esta mesma infâmia, a mostrar que, com razão, o Senhor resolvera desterrar os judaítas, pois eles se mantinham nos mesmos erros aprendidos com Manassés (II Rs.21:9-16; Jr.15:4)

- O primeiro mandamento proferido pelo Senhor no monte Sinai foi “Não terás outros deuses diante de Mim” (Ex.20:3; Dt.5:7), um desdobramento do primeiro grande mandamento da lei que é “Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mt.22:37).

- A presença de uma imagem que provocava o ciúme de Deus era, nas palavras do próprio Senhor, uma abominação. Mas o que é uma “abominação”? É uma coisa detestável, que causa repugnância, que é ofensivo.

- Esta imagem ofendia a Deus, pois era uma manifestação nítida e clara de idolatria, e provocava o Seu ciúme, ou seja, a execução por Deus de um juízo.

- Ezequiel teve a visita do Senhor e foi levado em visões a Jerusalém, mas, em nossos dias, o Espírito Santo habita conosco, está em nós (Jo.14:17), de tal forma que nós mesmos somos templo do Espírito Santo (I Co.6:19: Ef.2:21,22).

- Mas, será que não temos alguma “imagem de ciúmes” em nós? Temos adorado única e exclusivamente ao Senhor ou temos em nós algum “concorrente” em relação ao Senhor?

- Amamos realmente a Deus de todo o nosso coração, de toda a nossa alma e de todo o nosso pensamento, ou procuramos dividir os nossos interesses, a nossa vida, entre Deus e outras coisas?

- Não nos esqueçamos de que esta “imagem de ciúmes” pode ser nós mesmos, o nosso “eu”, que pode, muitas vezes, querer prevalecer em lugar de Deus.

- Se não damos exclusividade ao Senhor, se temos uma “imagem de ciúme”, estamos causando a repugnância de Deus, estamos a cometer abominação e, deste modo, estamos chamando para nós mesmos o juízo divino, estamos abrindo mão de nossa salvação. Pensemos nisto!

- Ao dizer ao profeta que aquela “imagem de ciúme” era uma abominação, o Senhor ainda disse a Ezequiel que esta atitude fazia com que Deus Se afastasse do Seu santuário (Ez.8:6).

Quer continuar lendo? Para continuar lendo este artigo baixe os anexos nos links abaixo.Bons estudos.

 COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO

Esboço da Lição 3 - As abominações do Templo - Pr. Caramuru Afonso Francisco.pdf
Filename: Esboço da Lição 3 - As abominações do Templo - Pr. Caramuru Afonso Francisco.pdf
Size: 384.17 KB
Slides da Lição 3 - As abominações do templo - Pr. Caramuru Afonso Francisco.pdf
Filename: Slides da Lição 3 - As abominações do templo - Pr. Caramuru Afonso Francisco.pdf
Size: 1157.55 KB