Lição 9 - Orando e jejuando como Jesus ensinou III

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ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2022

Adultos - OS VALORES DO REINO DE DEUS: a relevância do sermão do monte para a Igreja de Cristo

COMENTARISTA: OSIEL GOMES DA SILVA

COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

LIÇÃO Nº 9 – ORANDO E JEJUANDO COMO JESUS ENSINOU

Texto: Mateus 6.5-18

Introdução: A oração e o jejum são disciplinas espirituais que potencializam sensivelmente a vida piedosa do crente.

I – A ORAÇÃO É UM DIÁLOGO COM O PAI

1- A natureza da oração

1.1. A oração é o diálogo da alma com Deus

1.2. A oração aparece na Bíblia Sagrada em diversas formas no Antigo Testamento

. Confissão (1Rs 8.47; Ne 1.6; Dn 9.3-15),

. Adoração (Sl 45-1,8; Mt 14.33; Ap 4.11),

. Comunhão (Gn 18.33; Êx 25.22; 31.18)

. Intercessão (1Sm 12.23)

. Ações de graças, feito de modo belo por:

. Miriã (Êx 15.20,21),

. Débora (Jz 5)

. Davi (2Sm 23.1-7)

. Daniel (Dn 6.10)

1.3. A oração aparece na Bíblia Sagrada em diversas formas no Novo Testamento

. Paulo exortou os cristãos a agradecer em oração (Fp 4.6; Cl 4.2; Ef 5.20).

. Jesus ensina que, na oração, buscamos a glorificação do Pai (Mt 6.9)

. Aprendemos a pedir, suplicar e perseverar em nosso pedido (Mt 15.21-28; Ef 6.18; 1Tm 2.1,2)

. Há resposta de Deus para quem o busca incessantemente (Lc 18.1-8)

. Praticamos, também, a oração intercessora (At 12.5)

2- Como os homens de Deus viam a oração?

2.1. A oração é apresentada como uma ordem (Lc 18.1; 1Ts 5.17; 1Tm 2.8)

2.2. Esdras via a oração como um recurso mais poderoso que o exército do rei Artaxerxes (Ed 8.21-23).

2.3. O Senhor Jesus tinha a oração como tão necessária quanto o sono e o alimento (Mt 4.2; Lc 6.12; Mc 1.35)

2.4. Os apóstolos viam na oração um recurso necessário, pois, perseveravam em oração (At 6.4).

3- A maneira de orar (Lc 11.1)

3.1. A quem a oração deve ser dirigida?

. A Deus Pai em nome de seu Filho, Jesus Cristo (Ne 4.9; Jo 16.23,24; Mt 6.9).

3.2. A postura do corpo na oração.

. Não há uma exigência específica na Bíblia (Is 38.2; 1Rs 8.54)

3.3. O horário da oração.

. Ter um horário regular para falar com Deus é bíblico e bom (Sl 55.17; Dn 6.10; At 3.1),

. A Bíblia também diz que devemos orar sempre (Lc 18.1; Ef 6.18).

3.4. O lugar da oração.

. Jesus disse que podemos orar secretamente em nosso aposento (Mt 6.6)

. Noutro lugar solitário (Mc 1.35)

. O apóstolo Paulo diz que podemos orar em todo lugar (1Tm 2.8).

3.5. O decoro na oração.

. O decoro diz respeito à sinceridade, decência e reverência no ato de orar (At 2.1,2).

3.6. O estado do coração na oração.

. Se o coração estiver transformado e cheio da Palavra de Deus, nossa oração será ouvida (Jo 15.7)

II – A ORAÇÃO QUE JESUS ENSINOU

1- Jesus não condenou a oração em público.

1.1. O Senhor Jesus não condenou a oração pública. A Bíblia a recomenda (2Cr 6.12-42; At 4.24-31).

1.2. Jesus condenou a oração de autopromoção (Mt 6.5; Lc 18.9-14)

. Um cristão que anda em sinceridade com Cristo, não busca glória para si e age com humildade

2- Jesus quer que sejamos discretos

2.1. As expressões “entra no teu aposento” e “fechando a tua porta” (Mt 6.6)

. Não significam que devemos ter um quarto só para a oração

. Sua ênfase não é o lugar, mas a atitude de quem ora

. A pessoa orará a Deus: humilde, sincero e sem os aplausos dos homens

2.2. Para o cristão o lugar secreto da oração é:

. Se afastar do mundo e estar sozinho com Deus

. Esperar a recompensa que vem do Pai e, não de homens

3- Não useis de vãs repetições nas orações

3.1. Quando a oração perde o foco, que é Deus, e se firma nas vãs repetições

3.2. Os escribas faziam longas orações, e Cristo os combateu (Mc 12.40; Lc 20.47)

. Jesus não despreza longos períodos de oração

. Na Bíblia encontramos esse tipo de oração (2Cr 6.14-42; Ne 9; Sl 18)

. Jesus contraria aqui a atitude de alguém achar que quanto mais fizer barulho, Deus lhe ouvirá

. Longas orações eram peculiares aos pagãos. Como no tempo de Elias (1Rs 18.25-29)

3.3. Na Bíblia encontramos orações curtas feitas pelos homens de Deus, e que foram respondidas

. Salomão (1Rs 3.6-12)

. Ezequias (2Rs 19.14-20)

3.4. Oração que tem repetição, mas que não envolve mecanicismo, é aceitável, pois assim Jesus orou (Mt 26.36-46)

3.5. Quando entregamos tudo nas mãos de Deus em oração sincera e humilde, Ele cuida de nós

III – ORAÇÃO E JEJUM

1- Oração e jejum: uma combinação perfeita.

1.1. A oração e o jejum estão bem combinados (1Sm 7.5,6; 2 Cr 20.3,5; Ed 8.21-23; Ne 1.4; 9.1; Lc 2.37; At 13.2,3).

1.2. A oração e o jejum são vistos como atos que revelam:

. Disciplina

. Autonegação

. Humilhação

. Dependência total de Deus

2- O aspecto bíblico sobre o jejum.

2.1. Há três eventos que caracterizam a necessidade do jejum:

. Humilhar-se por causa da tristeza do pecado em sua vida (Dt 9.18; Jn 3.5)

. Lamentação devido a terríveis momentos (Jz 20.26; Ne 1.4; Et 4.3)

. No caso de envio de missionários e de homens para a obra (At 13.2,3; 14.23)

2.2. Pela Lei Mosaica havia um jejum anual, no dia da expiação (Lv 16.29-34; Nm 29.7-11; At 27.9).

2.3. Essa prática de jejuar se multiplicou em diversas formas:

. Do nascer ao pôr do sol (Jz 20.26);

. De sete dias (1Sm 31.13);

. De três semanas (Dn 10.3);

. De quarenta dias (Êx 34.2,28; 1Rs 19.8);

. Nos meses quinto e sétimo (Zc 7.5)

. O jejum de duas vezes por semana (segunda e quinta), porém degenerado por causa dos fariseus (Lc 18.12)

2.4. O Senhor Jesus não estabeleceu dias fixos sobre o jejum

2.5. Jesus jejuou de modo espontâneo, jamais por mera tradição (Mt 4.2)

3- O ensino de Jesus sobre o jejum

3.1. No Sermão do Monte entendemos que a prática do jejum é:

. Livre, um ato voluntário, espontâneo

. Nasce do desejo genuíno da alma com motivos especiais (Mt 9.14,15).

. Pode ser diante do perigo

. Pode ser diante da tristeza

. Pode ser diante da tentação

3.2. O ensino do jejum também é a respeito da humildade e discrição na prática (Mt 6.16-18)

3.3. Para jejuar não é preciso desfigurar o rosto e ostentar espiritualidade (Mt 6.17)

Conclusão: O cristão que conhece a Palavra de Deus sabe da importância da oração e do jejum como exercícios espirituais (1Tm 4.8). Pela prática de ambos, o crente estará mais sensível ao Espírito Santo, de modo que sua realização traz constantes benefícios para a nossa vida espiritual, especialmente diante de um mundo materialista e utilitarista.

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