Lição 4 - Resguardando-se de sentimentos ruins III

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ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2022

Adultos - OS VALORES DO REINO DE DEUS: a relevância do sermão do monte para a Igreja de Cristo

COMENTARISTA: OSIEL GOMES DA SILVA

COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

LIÇÃO Nº 4 – RESGUARDANDO-SE DE SENTIMENTOS RUINS

Texto: Mateus 5.21-26

Introdução: A cólera e a ira não podem dominar o coração do crente. Elas devem ser evitadas e vencidas com o ensino do Evangelho

I- O EVANGELHO NÃO É ANTINOMISTA

1. O que é Antinomismo?

1.1. Antinomismo: (Gr: anti (contra) nomos (lei) = tudo que é contrário à lei, normas e regras.

. Traz a ideia de que os cristãos não precisam obedecer à lei moral do Antigo Testamento.

1.2. O antinomista diz:

. a Lei não teve origem em Deus Pai e que, por isso, ela deve ser rejeitada

. Há os que dizem que Deus havia determinado por decreto a existência do pecado, de modo que jamais se pode evitá-lo, por isso, não há razão para a existência da Lei.

. Por fim, outros ainda defendem simplesmente que a Lei é oposta ao Evangelho

1.3. Refutação: Entretanto, veremos que esse ensino viola as Escrituras que o Antinomismo é um desvio da Palavra de Deus (Rm 6.15,16)

2- A Lei e o Evangelho.

2.1. Jesus não desprezou a Lei (Mt 5.21)

. A expressão “Ouvistes o que foi dito aos antigos” aponta para uma retrospectiva de um ponto da Lei de Moisés.

. Quando Jesus diz ‘Não matarás’ (Êx 20.13) ele estende o sentido de que o homicídio nasce no coração do ser humano a partir da ira, do ódio, da cólera (Mt 5.22)

3- Legalismo x Antinomismo.

3.1. O ‘legalismo’ é a observância e prática rigorosa das leis como elemento determinante para uma comunidade alcançar o favor de Deus

. O legalismo foi refutado duramente pelo apóstolo Paulo (Fp 3.3-4)

3.2. O ‘antinomismo’ rejeita todo tipo de normas morais, deixando a pessoa livre para pecar.

. O antinomismo fere de morte a vocação dos cristãos para a santidade (Rm 1.7; 1Pe 1.15,16)

3.3. Os conselhos da Bíblia são atemporais, válidos em qualquer época e cultura

3.4. O cristão fiel à Bíblia tem cuidado tanto com o legalismo quanto com o antinomismo

II- A CÓLERA É O PRIMEIRO ATO PARA O HOMICÍDIO

1- Jesus e o sexto mandamento

1.1. Jesus não anulou o sexto mandamento do Decálogo (Êx 20.13; Dt 5.17).

. Afirmou que a ira ou cólera contra um irmão é um tipo de homicídio no coração

. O apóstolo João revela esta mesma verdade (1Jo 3.15)

1.2. ‘Irar’ (Gr: orgizo) = provocar, incitar a ira, estar zangado, estar enfurecido (Mt 5.22)

. Ilustração: A fúria e a ira de Caim (Gn 4.5,8)

1.3. O sexto mandamento envolve, além das penalizações:

. Palavras

. Emoções

. Insultos

2- A cólera no contexto bíblico.

2.1. Um servo de Deus pode irar-se, mas não deve pecar (Sl 4.4; Ef 4.26)

. Vemos pessoas justas se irando contra o pecado, contra os atos desumanos, contra o desrespeito à Palavra de Deus (Os 4.1-3).

. Jesus manifestou ira contra os que faziam do templo um “covil de ladrões” (Jo 2.13-17).

2.2. A ira é uma emoção humana

. Devemos examinar se ela provém de um espírito reto, de um coração puro

. Devemos examinar se provém da obra da carne (Gl 5.20)

. Pecaminosa

. Orgulhosa

. Odiosa

. Vingativa

2.3. O imperativo bíblico é que a ira não pode nos dominar (Ef 4.26; Hb 12.15)

. Deixe a ira (Sl 37.8)

. Domine sua forma de falar (Pv 15.1)

. Tenha paciência com os outros (Ec 7.9)

. Não basta cumprir as regras mais óbvias; é preciso ter uma atitude interior correta

3- O valor da pessoa humana.

3.1. Em Mateus 5.21,22 Jesus enfatizou o valor da pessoa humana

. Chamar alguém de raca, que significa inútil, cabeça oca e vazia, é uma ofensa grave, igualada à blasfêmia

. Chamar o outro de “louco”, do grego móros, que significa ímpio, incrédulo, é uma conduta moralmente desprezível.

. Quem manifestasse esses tipos de comportamentos, o fim era se tornar réu do Sinédrio e receber a condenação para o fogo do Inferno, do grego Geena, respectivamente.

3.2. Jesus mostra que não só peca quem comete um homicídio, mas igualmente os que nutrem a cólera, o ódio e o rancor no coração.

. Não devemos fazer acepção de pessoas, Deus não o faz (At 10.34)

III- A “OFERTA DO ALTAR” E A DESAVENÇA

1- A oferta do altar

1.1. Em Mateus 5.23.24, Jesus se dirige aos discípulos e faz com que cada um examine a si mesmo, pois um servo do Senhor não pode ofertar no altar com um coração cheio de ira e rancor.

. Amar a Deus, mas odiar o irmão é cair na mentira (1 Jo 4.20)

1.2. Para o judeu, ofertar era um ato sagrado e tal atitude fazia-o reconhecer a bondade de Deus para com ele (Gn 4.3,5; Êx 25.2; Lv 1.2; Sl 66.13)

. ‘Reconciliar’ (gr: diallassô) = mudar a mente de alguém, renovar a amizade com alguém

. Não adiantava reconhecer a bondade de Deus, mas não se reconciliar com o irmão

1.3. O ensinamento de nosso Senhor é claro: não há relacionamento correto com Deus sem relacionamento verdadeiro com o irmão

2- Evitando a desavença.

2.1. Analisando Mateus 5.23-26

. 23 e 24 diz respeito à adoração

. 25 e 26 diz respeito ao processo legal

. Ambos, porém, procuram advertir os discípulos quanto ao problema da desavença entre irmãos.

. Nos versículos 25 e 26, nosso Senhor enfatiza que é preciso buscar uma solução para a desavença entre irmãos fora do tribunal

. Nosso Senhor, portanto, nos convida a sanar as desavenças entre nós e, assim, preservamos o bom testemunho. Paulo confirma tal atitude (1Co 6.1,5)

Conclusão: Como servos de Cristo que vivemos as verdades do Evangelho, não deixemos que pensamentos, palavras e ações firam o nosso próximo, nem deixemos que as desavenças tornem-se disputas entre nós.

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS