ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
SEGUNDO TRIMESTRE DE 2022
Adultos - OS VALORES DO REINO DE DEUS: a relevância do sermão do monte para a Igreja de Cristo
COMENTARISTA: OSIEL GOMES DA SILVA
COMENTÁRIO: PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
LIÇÃO Nº 13 – A VERDADEIRA IDENTIDADE DO CRISTÃO
INTRODUÇÃO
- Concluindo o estudo sobre o sermão do monte, analisaremos a sua parte final, onde Jesus nos mostra como identificar quem é Seu discípulo.
- O sermão do monte mostra-nos quem é discípulo de Jesus.
I – OS FALSOS PROFETAS
- Estamos a terminar este precioso estudo a respeito do sermão do monte ou sermão da montanha, o sermão doutrinário e ético de Jesus. Neste sermão, o Senhor nos mostra quem é Seu discípulo, qual é o seu caráter, qual a sua configuração.
- Depois de ter falado sobre os dois caminhos, Cristo, então, partindo para a conclusão do ensino, ainda dentro da temática da vigilância e prudência que devem ter Seus discípulos em sua peregrinação terrena, mostra o cuidado que se deve ter com os falsos profetas.
- Desde logo, devemos observar que Jesus é bem claro ao dizer que haveria falsos profetas no meio dos Seus discípulos. Muitos indagam porque o Senhor permite que haja a infiltração de pessoas incrédulas no meio dos crentes, de verdadeiros agentes diabólicos no rebanho do Senhor.
- Tal indagação, entretanto, encontra resposta da parte do próprio Deus. Em Dt.13:3, é dito que Deus permite que haja falsos profetas no meio do povo precisamente para que eles fossem provados para que se mostrasse se Israel realmente amava a Deus com todo o seu coração e com toda a sua alma.
- Esta mesma realidade é repetida pelo apóstolo Paulo que diz que importava que houvesse heresias no meio da igreja para que os sinceros se manifestassem (I Co.11:19).
- Notamos, portanto, que a existência de falsos profetas no meio do povo de Deus é uma necessidade para que haja uma depuração, uma identificação dos verdadeiros servos do Senhor, para que possamos avaliar o nosso amor a Deus e a nossa sinceridade na vida espiritual. Deus permite a infiltração para que haja a nossa purificação.
- Pois bem. O Senhor Jesus manda a Seus discípulos que tomassem cuidado com os falsos profetas, porque eles viriam até eles vestidos como ovelhas, mas interiormente seriam lobos devoradores (Mt.7:15).
- O primeiro ponto que devemos observar é que os falsos profetas vêm até os discípulos de Cristo. Não encontraremos o falso profeta em local longínquo, apartado do rebanho do Senhor. Não, não e não! Eles vêm até nós, eles estão no meio de nós.
- Os falsos profetas vêm até o povo de Deus, infiltram-se no seu meio e, para tanto, diz o Senhor Jesus, apresentam-se “vestidos como ovelhas”. Para poder se aproximar do povo de Deus, os falsos profetas têm de imitar os discípulos de Jesus, devem se apresentar “como ovelhas”.
- Os falsos profetas aproveitam-se da circunstância de que os homens somente conseguem ver o que está diante dos olhos, o exterior (I Sm.16:7). Assim, a partir desta limitação, os falsos profetas tomam a aparência de discípulos de Jesus, conformam-se exteriormente aos estereótipos criados pelos homens, a fim de que possam se aproximar sem causar desconfiança ou suspeita.
- Paulo fala desta gente ao dizer que os falsos apóstolos se transfiguram em apóstolos de Cristo e ainda salienta que não é para que nos admiremos, uma vez que o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz e, portanto, seus ministros se transfigurem em ministros da justiça (II Co.11:13-15).
- Os falsos profetas são verdadeiros agentes diabólicos e, portanto, como filhos do diabo que são, têm de ter a marca característica do inimigo de nossas almas, que é a mentira (Jo.8:44). Assim, precisam ser hipócritas, ou seja, fingirem ser quem não são, apresentando-se, exteriormente, como ovelhas, quando, na verdade, são lobos devoradores.
- Não é por outro motivo que o Senhor Jesus diz que devemos ter como critério de julgamento não a aparência, mas a reta justiça (Jo.7:24). O julgamento pela aparência sempre traz imenso prejuízo ao povo de Deus, como podemos observar no episódio dos gibeonitas nos dias de Josué (Js.9), evento que fez com que se iniciasse a inobservância da ordem divina para completa destruição dos habitantes primitivos de Canaã, que tanto prejuízo trouxe aos israelitas.
- Embora os falsos profetas se apresentem exteriormente como ovelhas, em seu interior são lobos devoradores. O lobo é símbolo dos incrédulos, daqueles que querem a destruição do rebanho. O próprio Cristo diz que estaria enviando Seus discípulos como ovelhas em meio de lobos (Mt.10:16; Lc.10:3).
- Os lobos, como diz o profeta Ezequiel, querem arrebatar a presa para derramarem o sangue, destruírem as almas e seguirem a avareza (Ez.22:27).
- O objetivo do lobo é sempre o de arrebatar a presa, ou seja, retirá-la do rebanho. Os falsos profetas sempre buscam a fragmentação do povo de Deus, a divisão (Jd.19), a formação de grupos que estejam em volta de si e não do Senhor Jesus (At.20:30).
- Para isto, buscam matar as pessoas e, portanto, são homicidas, pessoas que odeiam os seus irmãos (I Jo.3:15), que visam apenas o próprio interesse (II Pe.2: 13,14; Jd.12,16).
- Buscam também destruir as almas e, com este objetivo, levam as pessoas a pecar, desviando-as da sã doutrina e da santidade, fazendo com que sejam imitados em suas concupiscências (II Pe.2:10-12; Jd.16,18), principalmente na murmuração e na inobservância do princípio da autoridade, na rebelião e na vida licenciosa que passam a defender.
- Seguem, por fim, a avareza, visto que fazem do povo de Deus negócio com palavras fingidas (II Pe.2:3), tendo o coração exercitado na avareza (II Pe.2:14).
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO