ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
SEGUNDO TRIMESTRE DE 2022
Adultos - OS VALORES DO REINO DE DEUS: a relevância do sermão do monte para a Igreja de Cristo
COMENTARISTA: OSIEL GOMES DA SILVA
COMENTÁRIO: PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
LIÇÃO Nº 12 – A BONDADE DE DEUS EM NOS ATENDER
INTRODUÇÃO
- Na continuidade da sequência do estudo do sermão do monte, analisaremos o ensino de Jesus sobre a bondade de Deus e os dois caminhos.
- Só Deus é bom.
I – A BONDADE DE DEUS
- Na sequência do estudo do sermão do monte, na sua última parte, em que o Senhor Jesus trata da prudência e da vigilância que devem ter o Seus discípulos na sua peregrinação terrena, analisaremos os ensinos de Cristo sobre a bondade de Deus e sua ilustração sobre os dois caminhos.
- Depois de ter relembrado aos Seus discípulos que são eles imperfeitos e que devemos levar em consideração esta imperfeição e falibilidade no relacionamento com o próximo, assim como devem os servos de Cristo preservar a santidade, Nosso Senhor e Salvador vai ensinar a respeito da bondade divina.
- O discípulo de Jesus, embora seja falho e imperfeito, é santo e, como tal, tem plena comunhão com Deus, que é seu Pai. Ante a condição que temos de filhos de Deus, Cristo nos mostra que temos plena liberdade de acesso ao Senhor.
- Por sermos filhos de Deus, por estarmos em comunhão com Ele, temos liberdade de Lhe fazer pedidos e a garantia de que seremos ouvidos.
- Diz o Senhor, com simplicidade e objetividade: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á” (Mt.7:7).
- Jesus mostra-nos que temos agora um diálogo com Deus, que Ele nos ouve sempre. Isto se deve ao fato de não mais estarmos separados d’Ele pelo pecado (Is.59:2). Deus nos ouve porque Cristo retirou todo o pecado de nós.
- Por isso, podemos ir à Sua presença, confiante de que somos ouvidos e que estamos em comunhão com Ele. Como diz o escritor aos hebreus, temos ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela Sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa (Hb.10:19-22).
- Quando nos dirigimos ao Pai, temos fé n’Ele, confiamos n’Ele, de modo que nosso pedido deve ser feito com fé. Como ensina Tiago, não podemos nos apresentar diante do Senhor duvidando, pois quem duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte e, deste modo, não receberemos coisa alguma da parte do Senhor (Tg.1:6,7).
- Ao longo de Seu ministério, o Senhor Jesus sempre enfatizou que o que propiciou o recebimento de bênçãos por parte daqueles que se dirigiram até Ele foi a fé que demonstraram. A expressão “A tua fé te salvou” é frequente nos Evangelhos (Mt.9:22; Mc.5:34; 10:52; Lc.7:50; 8:48; 17:19; 18:42).
- De igual modo, vemos que, em Nazaré, onde Jesus foi criado, tivemos o menor caso de realização de milagres, precisamente porque ali imperou a incredulidade (Mt.13:58; Mc.6:5,6).
- Quando o Senhor Jesus menciona que devemos pedir, também nos mostra que, apesar da comunhão que temos com Deus, não há aqui uma relação senão assimétrica, ou seja, no diálogo que travamos com o Pai, Ele é o Senhor e nós, Seus servos.
- Nosso papel é pedir, sabendo que a vontade d’Ele é que deve prevalecer. Temos liberdade para pedir, mas não deixa de ser um pedido, lembremos sempre disso, principalmente diante dos falsos ensinos da teologia da confissão positiva, que invertem este papel, dizendo que “Deus é obrigado a nos atender”, que podemos fazer “exigências” ao Senhor. Fujamos destes falsos conceitos, que contrariam frontalmente o que Jesus está a nos ensinar aqui.
- O pedido, além de ser com fé, tem de ser de acordo com a vontade do Senhor. Com efeito, em comunhão com o Senhor, passamos a não mais ter vontade própria, mas a vontade do Senhor. O próprio Jesus nos ensinou a pedir que se faça a vontade de Deus e não a nossa (Mt.6:10).
- Ao longo de nossa contínua intensificação da comunhão com o Senhor, vamos nos conformando à imagem de Cristo (Rm.8:29) e, assim como Jesus, passamos a considerar que fazer a vontade do Pai é a razão da nossa própria existência sobre a face da Terra (Jo.4:34).
- Deste modo, passamos a querer o que Deus quer e, por causa disso, os nossos pedidos passam a ser cada vez mais atendidos, uma vez que passamos a pedir exatamente aquilo que o Senhor quer e a vontade de Deus não pode ser impedida.
- Assim, quando o Senhor disse que o que é pedido, é dado, devemos observar dentro do contexto dos demais ensinos contidos nas Escrituras, para não cairmos no falso ensino de que Deus é obrigado a atender à nossa vontade, aos nossos caprichos.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO