ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
SEGUNDO TRIMESTRE DE 2022
Adultos - OS VALORES DO REINO DE DEUS: a relevância do sermão do monte para a Igreja de Cristo
COMENTARISTA: OSIEL GOMES DA SILVA
COMENTÁRIO: PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
LIÇÃO Nº 6 – EXPRESSANDO PALAVRAS HONESTAS
INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo do sermão do monte, veremos o ensino de Jesus sobre o falar dos Seus discípulos.
- Nosso falar expressa o nosso caráter.
I – O TERCEIRO E NONO MANDAMENTOS
- Na sequência do estudo do sermão do monte, veremos hoje como o Senhor Jesus analisa o terceiro e nono mandamentos, “não perjurarás, desdobramento dos mandamentos “não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão” e “não darás falso testemunho”, em que o Senhor Jesus analisa a questão do falar, do trato com as palavras por parte de Seus discípulos.
- Depois de analisar o homicídio e o adultério, Cristo vai comentar a profundidade do terceiro e nono mandamentos, a respeito das palavras, da linguagem. Os homens são os únicos seres racionais sobre a face da Terra e a razão se expressa aos semelhantes através da linguagem, tanto que o Senhor quis mostrar a superioridade do homem em relação à criação terrena mostrando a Adão que poderia criar palavras (Gn.2:20).
- Por isso mesmo, a língua é um importantíssimo órgão do corpo, pois é através dela que o homem manifesta o que está em seu coração (Mt.12:34; Lc.6:45) e, em virtude da natureza pecaminosa do homem, é esta mesma língua um órgão indomável, um fogo, como mundo de iniquidade, que contamina todo o corpo e inflama o curso da natureza e é inflamada pelo inferno (Tg.3:5,6).
- A questão da palavra foi tratada no terceiro e em o nono mandamentos e o Senhor Jesus os analisa sob a ótica do reino de Deus.
- O terceiro mandamento prescreve que não se deve tomar o nome de Deus em vão. Este mandamento está a exigir que o nome de Deus jamais seja utilizado com algo que seja proibido pelo próprio Senhor. Trata-se da proibição da utilização do nome do Senhor para se fazer algo que esteja relacionado com a fraude, o dolo (i.e., a má-fé), a mentira e o engano.
- Neste sentido, aliás, há quem defenda que a melhor tradução do mandamento fosse: “Não faças o nome de YHWH teu Deus ser falso, inútil, sem valor, sem resultado, uma mentira” (Cf. O judaísmo proíbe a pronúncia, a escrita e a proclamação do nome sagrado de Deus. Está o movimento messiânico do nome sagrado então em erro por usá-lo? Disponível em: http://www.revelations.org.za/QandA6.htm Acesso em 25 nov 2014) (texto em inglês).
- O terceiro mandamento diz respeito a não se dizer o nome do Senhor em vão, traduzindo a reverência que se deve ter ao Senhor. Como afirma Tomás de Aquino: “…a reverência ao Senhor exige não proferir coisa injuriosa contra Ele e isto se contém no preceito que diz: Não tomarás em vão o nome do Senhor teu Deus…” (Suma Teológica I, II, 100, 5. Citação de Ex.20:22-26. Disponível em: http://www.clerus.org/bibliaclerusonline/pt/index.htm Acesso em 17 dez. 2013) (tradução nossa de texto em espanhol).
- O terceiro mandamento é claro ao mostrar que não se deve jurar em falso, ou seja, não se pode tomar Deus por testemunha de uma mentira, pois isto é, precisamente, o que se proíbe no mandamento. A este jurar falso se chama de “perjúrio” e é tanto esse o âmago do mandamento que o próprio Senhor Jesus Se referiu a este mandamento, no sermão do monte, como sendo “não perjurarás” (Mt.5:33).
OBS: “…Este preceito não proíbe qualquer uso do nome de Deus, mas propriamente o que se emprega para confirmar a palavra humana no modo de juramento, já que este uso do nome de Deus é muito frequente entre os homens. Pode, também, entender-se, como uma consequência, que se proíbe qualquer uso desordenado do nome de Deus.…” (AQUINO, Tomás de. Suma Teológica II-II q.122 a.3. Cit. Ex.20:7,8. n. 2444. Disponível em: http://www.clerus.org/bibliaclerusonline/pt/index.htm Acesso em 25 nov. 2014) (tradução nossa de texto em espanhol).
- Ao “…invocarmos o nome do Senhor em testemunho diz-se, com razão, que estamos atestando nosso reconhecimento de sua divina soberania. Pois, dessa forma, o confessamos ser a eterna e imutável verdade, a quem invocamos não só como a testemunha idônea da verdade acima das demais, mas ainda como seu enunciador único, que pode trazer à luz as coisas escondidas e, ademais, como o conhecedor dos corações. Pois onde falecem os testemunhos dos homens, retrocedemos a Deus como nossa testemunha, especialmente quando se tem de asseverar o que jaz oculto na consciência.…” (CALVINO, João. As Institutas ou Tratado da Religião Cristã. Trad. de Waldyr Carvalho Luz, v.2, p.149). Deste modo, quando juramos em falso, estamos deixando de dar a devida honra a Deus, sendo, pois, certo que o juramento verdadeiro dá ao Senhor a devida honra.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO