SUPERINTENDENCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2020
Adultos - A RAÇA HUMANA: origem, queda e redenção
COMENTARISTA: CLAUDIONOR CORREA DE ANDRADE
COMENTÁRIO: SUPERINTENDÊNCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO
LIÇÃO Nº 6 – A SEXUALIDADE HUMANA
INTRODUÇÃO
Hoje estudaremos a sexualidade humana criada por Deus. Definiremos os termos sexualidade e sexo, como também o que determina o sexo de uma pessoa; destacaremos o propósito da sexualidade segundo os padrões bíblicos, contrapondo aos padrões distorcidos da sexualidade na sociedade atual; e, por fim, veremos motivações para uma sexualidade sadia e que glorifique a Deus.
I – DEFINIÇÃO DAS PALAVRAS “SEXUALIDADE” E “SEXO”
O dicionarista Antônio Houaiss (2001, p. 2563) define a palavra “sexualidade” como: “qualidade do que é sexual. O conjunto dos fenômenos da vida sexual externos ou internos, determinados pelo sexo do indivíduo”. A expressão “sexo” por sua vez, é usada como referência aos órgãos sexuais ou à prática de atividades sexuais.
II – O SEXO FOI CRIADO POR DEUS
A confissão de Fé das Assembleias de Deus no Brasil (2017, p. 203 – grifo nosso) sobre o sexo, assim afirma: “a diferenciação dos sexos visa à complementariedade mútua na união conjugal (1Co 11.11), essa complementariedade mútua é necessária à formação do casal e a procriação. Rejeitamos o comportamento pecaminoso […] bem como qualquer configuração social, que se denomine família, cuja existência se fundamente em prática, união ou qualquer conduta que atente contra a monogamia e a heterossexualidade consoante o modelo estabelecido pelo Criador e ensinado por Jesus (Mt 19.6). Quando criou o ser humano, a Bíblia revela que Deus os fez sexuados (Gn 1.27). A bênção do Senhor estava sobre aquele casal heterossexual (Gn 1.28). O sexo dentro do casamento não se constitui pecado, pois a Bíblia nos revela que foi Deus quem o criou (Ec 9.9; Pv 5.15-19; Hb 13.4). Logo, a natureza do sexo em si não é pecaminosa nem má, como acreditam e defendem alguns de forma equivocada (1Tm 4.1-3). O sexo fez parte da constituição física e emocional do ser humano, desde o momento da sua criação (Gn 1.27). Assim, à luz das Sagradas Escrituras não é correto ver o sexo dentro do casamento como coisa imoral, feia ou suja, pois Deus não fez nada ruim (Gn 1.31).
III – O QUE DETERMINA O SEXO DE UMA PESSOA
Biblicamente (e cientificamente), a orientação e o desejo sexual estão direta e intrinsecamente relacionados às características físicas do sexo (masculino e feminino), de acordo com as Escrituras e a ciência, existem apenas dois tipos de gêneros: o masculino e o feminino. Vejamos:
3.1 A ação do Criador. Do ponto de vista bíblico, a sexualidade de uma pessoa é determinada por uma ação criadora do próprio Deus de maneira bem definida: “E criou Deus […] homem e mulher os criou” (Gn 1.27); “Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea” (Mc 10.6 ver Mt 19.4); “[…] e Isabel tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome João” (Lc 1.13); “[…] A Noemi nasceu um filho, e chamaram ao menino Obede […]” (Rt 4.17). Até com os animais a Bíblia mostra a diferença entre os sexos (Gn 6.19; 7.2,3,9,16). A ideologia de gênero está fora de sincronia com esta criação e é contrária à ordem natural estabelecida pelo Criador (Rm 1.24-27 ver Lv 18.1-23; Is 28.15).
3.2 A genética. Os hormônios sexuais são encarregados de conceder a uma pessoa as características físicas de seu sexo genético. Estes cromossomos contêm as chaves que desencadeiam a regulação dos hormônios sexuais nos homens e mulheres. Essas instruções estão localizadas em segmentos do DNA chamados “genes” que definirão o sexo da pessoa […] (TAY, 2015, p. 90 – grifo nosso). Os cromossomos sexuais são um tipo de plasma encontrado no núcleo das células e que determina o sexo dos seres vivos. As fêmeas normalmente possuem o mesmo tipo de cromossomos sexuais “XX”, e por isso chamado de sexo homogamético. Os machos são o sexo heterogamético, contendo dois tipos distintos de cromossomos sexuais, um “X” e outro cromossomo “Y” (TAY, 2015, p. 92 – grifo nosso). Então, alterar o fenótipo (aparência) não consiste em alterar o genótipo (genes).
3.3 A fisiologia. Fisiologia é uma área de estudo da biologia responsável em analisar o funcionamento físico, orgânico, mecânico e bioquímico dos seres vivos. O termo fisiologia se originou a partir da junção do grego “physis”, que significa “funcionamento” ou “natureza”, com a palavra “logia”, que quer dizer “estudo” ou “conhecimento (TAY, 2015, p. 92 – grifo nosso). Deus criou dois sexos anatomicamente distintos (Gn 1.27). Portanto, o órgão genital e as características físicas de nascimento de um ser humano, também determinam sua sexualidade.
IV – PROPÓSITOS DO SEXO SEGUNDO AS ESCRITURAS
Além da Bíblia ensinar que o ato conjugal deve ser praticado única e exclusivamente dentro do casamento, ela também mostra quais os propósitos pelos quais Deus criou o sexo. Vejamos as principais:
4.1 Procriação. Sem dúvida alguma, o primeiro propósito do ato sexual é a reprodução humana (Gn 1.28; 9.1; Sl 127.3). A procriação é o ato criador de Deus, através do homem. Para tanto, o Senhor dotou o homem de capacidade rep rodutiva, instituindo o matrimônio e a família (Gn 2.21-24). No AT, a “lua de mel” para o soldado durava um ano, com o fim de proporcionar ao casal a possibilidade da procriação (Dt 24.5). Quando os fez macho e fêmea, Deus tinha o propósito de tornar possível a reprodução do gênero humano (Gn 1.28-a), visto que dois iguais não se reproduzem, por isso a prática homossexual é vista na Bíblia como uma abominação (Lv 18.22); e, algo antinatural (Rm 1.26,27). Portanto, “o princípio da heterossexualidade estabelecido na criação, continua a ser parte integrante do plano de Deus para o casamento”.
4.2 Satisfação. O ato conjugal também foi criado para proporcionar prazer ao casal. A Bíblia diz: “Bebe água da tua fonte, e das correntes do teu poço. Derramar-se-iam as tuas fontes por fora, e pelas ruas os ribeiros de águas? Sejam para ti só, e não para os estranhos contigo. Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade” (Pv 5.15-18). O sábio exorta os cônjuges a desfrutarem do sexo, sem ao menos mencionar os filhos. Neste capítulo, o homem é incentivado a valorizar a união conjugal honesta e santa, exaltando a monogamia, a fidelidade e o prazer (Ec 9.9; Ct 4.1-12; 7.1-9).
V – DISTORÇÕES DA SEXUALIDADE CONDENADAS PELAS ESCRITURAS
Já vimos que o sexo foi criado por Deus com propósitos elevados, saudáveis e benéficos para o ser humano. No entanto, desde a Queda, o sexo e a sexualidade têm sido deturpados de modo irresponsável (Rm 1.24-27). Abaixo elencaremos algumas práticas sexuais reprovadas pelas Escrituras:
5.1 Fornicação. Relação sexual entre pessoas não casadas. A Bíblia restringe o ato sexual apenas aos casados. Portanto, praticálo antes do casamento se constitui em transgressão (Gl 5.19-21; Ef 5.3; Cl 3.5).
5.2 Adultério. Relação sexual de um homem casado com uma mulher que não é a sua esposa, ou vice-versa. Prática condenada pela Bíblia Sagrada (Êx 20.14; Dt 5.18; Mt 5.27; Rm 13.9). A Escritura fala da união Monossomática (mono = um) + (soma = corpo). Este é mais um mistério da união sexual dentro do casamento: “serão ambos uma carne” (Gn 2.24). A expressão em destaque diz respeito a um nível de relacionamento tão íntimo entre um casal, ao ponto de fazerem com que o marido e a esposa tornem-se uma só pessoa, de tal forma que beneficiando ou afetando um, logo se atingirá o outro (Ef 5.28-b).
5.3 Homossexualidade. Atração erótica entre pessoas do mesmo sexo. Considerada pela Bíblia uma das perversões mais chocantes. Por isso, é por ela condenada (Lv 18.22; 20.13; Jz 19.22-25; Rm 1.25-27; 1Co 6.9; 1Tm 1.9,10). A Bíblia apresenta a união heterossexual (heteros = diferente) + (sexual = sexo). O relacionamento conjugal só é possível entre um homem e uma mulher, ou seja, entre um macho e uma fêmea (Gn 1.27). Qualquer união sexual fora desse padrão se constitui violência ao plano original divino (Lv 18.22; Dt 23.17).
5.4 Ideologia de Gênero. Quanto à sexualidade, a ideologia ensina que o gênero e a orientação do desejo sexual não são determinados pela constituição anatômica do corpo humano (BAPTISTA, 2018, pp. 17,18 – grifo do autor). A ideologia de gênero está exatamente no contrário do que Deus ordenou (Rm 1.24-27 ver Is 28.15). Ao instituir o casamento, Deus ordenou: “o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne” (Gn 2.24). Isso significa que a união monogâmica (um homem e uma mulher) e heterossexual (um macho e uma fêmea) sempre fez parte da criação original de Deus. A diferenciação dos sexos visa à complementaridade mútua na união conjugal: “nem o varão é sem a mulher, nem a mulher, sem o varão” (1Co 11.11 ver Gn 1.27; 1Co 6.10; Ef 5.22-25).
VI – AS MOTIVAÇÕES QUE DEVEM CONDUZIR O CASAL AO SEXO
6.1 O amor. Ao contrário do modo de vida das pessoas que não conhecem a Palavra de Deus e praticam o sexo por mero prazer, o cristão é orientado a praticar o ato conjugal motivado pelo amor: “O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido” (1Co 7.3). Benevolência e amor andam juntos, pois “o amor é benigno” (1Co 13.4).
6.2 Respeito. O ato sexual entre cristãos deve ser feito com respeito, pois o amor: “não se porta com indecência” (1Co 13.5). O marido deve honrar o corpo da esposa, e a esposa o corpo do marido, como nos ensina o apóstolo Pedro (1Pe 3.7). Portanto, o cônjuge não pode ser forçado a fazer sexo quando não pode, principalmente a mulher, em casos específicos, entre outros: período de menstruação (Lv 18.19,20), período pós-parto, como também em casos de doenças.
6.3 Alegria. O ato conjugal não deve ser praticado com tristeza ou insatisfação; mas, com alegria, pois é um momento de prazer mútuo entre os cônjuges. A recomendação do sábio é clara: “alegra-te com a mulher da tua mocidade” (Pv 5.18). Uma vez seguindo as orientações bíblicas, virá sobre a vida íntima do casal a proteção contra quaisquer tipos de pecados e ações de satanás (1Co 7.1-3).
CONCLUSÃO
Como pudemos ver, o sexo foi criado por Deus. Mas, o propósito de Deus é que o sexo seja praticado dentro do casamento, entre marido e mulher. Toda prática sexual fora do casamento é uma transgressão à Lei divina, assim como as perversões sexuais, tais como: adultério, homossexualismo, prostituição, etc., que são terminantemente proibidas na Palavra de Deus, como também a ideologia de gênero. Por isso, os cônjuges devem desfrutar dessa bênção dada por Deus, que é o ato conjugal, desde que esteja dentro dos princípios bíblicos.
REFERÊNCIAS
ARÉVALO, Waldir Moreno. O sexo que Deus criou. MPT.
BAPTISTA, Douglas. Valores cristãos. CPAD.
GEISLER, N. L. B, Peter. Fundamentos inabaláveis. Vida
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
TAY, Dr. John S.H Nascido Gay? Central Gospel.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL (FORNECIMENTO DO MATERIAL) - PROF. PAULO AVELINO