Lição 12 - O caráter missionário da Igreja de Jerusalém I

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ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

TERCEIRO TRIMESTRE DE 2025

Adultos - A IGREJA EM JERUSALÉM: Doutrina, comunhão e fé: a base para o crescimento da Igreja em meio às perseguições

COMENTARISTA: José Gonçalves

COMENTÁRIO: Pr. Caramuru Afonso Francisco

LIÇÃO Nº 12 – O CARÁTER MISSIONÁRIO DA IGREJA DE JERUSALÉM

A igreja em Jerusalém cumpriu a Grande Comissão.

INTRODUÇÃO

- Na sequência do estudo sobre a igreja em Jerusalém, estudaremos o caráter missionário da igreja-mãe.

- A igreja em Jerusalém cumpriu a Grande Comissão.

I – O QUE É O EVANGELHO

- Neste trimestre, estamos estudando a igreja em Jerusalém, a igreja-mãe local da Cristandade, modelo e referência para todas as igrejas locais, tanto que sua história foi registrada nas Escrituras Sagradas.

- A igreja em Jerusalém é, sem dúvida, um modelo a ser seguido quanto ao cumprimento da Grande Comissão, qual seja, a ordem dada pelo Senhor Jesus para que o Evangelho fosse pregado por todo o mundo a toda criatura.

- Lucas, no limiar do livro de Atos, faz questão de dizer que, durante os quarenta dias em que esteve sobre a face da Terra após a ressurreição e antes de ascender aos céus, Cristo Se dedicou a dar mandamentos, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera (At.1:2) e os demais evangelistas explicitam, entre estes mandamentos, o da pregação do Evangelho (Mt.28:19; Mc.16:15; Lc.24:47; Jo.20:21), dando continuidade ao ministério terreno de Nosso Senhor.

- As últimas palavras do Senhor Jesus antes da ascensão foram relacionadas a esta Grande Comissão, quando afirmou que caberia aos Seus discípulos serem Suas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da Terra (At.1:8).

- Evangelização é, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, “processo ou efeito de evangelizar, de difundir os ensinamentos do Evangelho”. É palavra que não se encontra nas Escrituras, que, no entanto, contém o verbo “evangelizar”, na Versão Almeida Revista e Corrigida, como verificamos em Lc.4:18 e I Co.1:17 na sua forma infinitiva impessoal e em formas conjugadas em I Pe.1:25; I Co.9:18 e Ef.2:17.

- Segundo a Bíblia de Estudo Palavras Chave, em todas estas passagens, temos o verbo grego “euangelidzo” (εύαγγελίζω), cujo significado é “anunciar boas novas (‘evangelizar’), especialmente o Evangelho declarar, trazer (declarar, mostrar) boas novas, pregar (o Evangelho) (op.cit., verbete 2097, p. 2214).

- A palavra grega “evangelion” (εύαγγέλιοον) tem o significado de “boas novas” e era utilizada, em Roma, para designar as notícias referentes a feitos extraordinários e miraculosos feitos pelos imperadores, notícias que tinham o propósito de fazer os súditos de Roma crerem que os imperadores eram dotados de poderes divinos e que, assim, trariam melhores dias para a vida terrena.

- Este sentido de “boas novas”, de notícias vindas da divindade para o bem do ser humano, foi dado pelo próprio Senhor Jesus quando iniciou Seu ministério terreno, pois, como nos dá conta o evangelista Marcos (que foi, aliás, o primeiro a adotar esta nomenclatura para tratar da narrativa da vida e ministério de Cristo - Mc.1:1), ao iniciar a Sua pregação, conclamou Seus ouvintes a crerem no “evangelho”, crendo que o tempo da redenção havia chegado, que o reino de Deus estava próximo e que era preciso se arrepender (Mc.1:15).

- Ao longo de Seu ministério, Jesus identificaria a Sua mensagem como sendo “o evangelho” (Mt.11:5; 24:14; Mc. 8:35; 10:29; 13:10; 14:9; 16:15; Lc.4:43; 7:22), tendo, inclusive, mandado que fosse essa a mensagem a ser pregada pelos Seus discípulos em continuidade à Sua obra.

- Não é por outro motivo, aliás, que o apóstolo Paulo diz ser “o Evangelho de Cristo” “o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu, e também do grego, porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: mas o justo viverá da fé” (Rm.1:16,17).

- É elucidativo que o apóstolo Paulo resuma o “evangelho” à assertiva do profeta Habacuque de que “o justo viverá da fé” (Hc.2:4), pois “…a tradição judaica parece ir por dois caminhos com a ideia de que a Torá pode ser explicada por meio da halakhah (explicações dos rabinos, dos doutores da lei) (…) [um dos quais] refinar os vários mandamentos em princípios gerais que são cada vez menores em número. Por exemplo, em Makkot 23b-24a [tratado do Talmude – observação nossa], a discussão vai de uma enumeração dos 613 mandamentos identificados na Torá, para a redução de Davi do número para 11 (Salmo 15), da redução de Isaías para o número de seis (Is.33:15,16), para a redução de Miqueias para o número de três (Mq.6:8), para mais uma redução de Isaías para dois (Is.56:1), para um essencial mandamento por Habacuque (“mas o justo pela fé viverá”). Obviamente, o apóstolo Paulo refinou as várias mitzvot para o mesmo princípio da fé (veja Rm.1:17; Gl.3:11 e Hb.10:38).…” (PARSONS, John J. Taryag Mizvot: os 613 mandamentos da Torá. Disponível em: http://www.hebrew4christians.com/Articles/Taryag/taryag.html Acesso em 10 fev. 2015) (tradução nossa de texto em inglês) (destaques originais).

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 COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO

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