Lição 10 - A expansão da Igreja VI

Imprimir

ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

TERCEIRO TRIMESTRE DE 2025

Adultos - A IGREJA EM JERUSALÉM: Doutrina, comunhão e fé: a base para o crescimento da Igreja em meio às perseguições

COMENTARISTA: José Gonçalves

COMENTÁRIO: EV. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA

LIÇÃO Nº 10 – A EXPANSÃO DA IGREJA

Nesta lição, veremos como a perseguição aos cristãos da igreja primitiva teve efeito diferente daquele que as autoridades políticas e religiosas pensavam alcançar (At 4.16-18). Em vez de a igreja recuar, a história de Atos vai nos mostrar que a perseguição resultou na dispersão de muitos cristãos por várias regiões além dos muros de Jerusalém (At 11.19). O interessante é que a igreja reagiu à forma como foi perseguida com muita coragem e resiliência. Embora afligida em razão da morte de um de seus mais ilustres irmãos, a igreja se manteve unida e comprometida com a pregação do Evangelho. Essa postura revela uma igreja consolidada na Palavra e cheia do Espírito Santo.

O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.

A IGREJA DIANTE DA PERSEGUIÇÃO

Em Atos 1.8 Jesus diz que a igreja precisa testemunhar além-fronteiras. Até o capítulo 7 de Atos, a igreja é judaica. O capítulo 8 é uma dobradiça: o evangelho alcança Samaria, povo meio judaico, meio gentílico. No capítulo 9, a igreja é gentílica. A perseguição é o vento que atiça o fogo do Espírito; em vez de destruir a igreja, promove-a. O martírio de Estêvão provocou a perseguição; a perseguição desembocou na dispersão; e a dispersão redundou em evangelização.

A morte de Estevão ocorreu de maneira cruel e trágica, sendo marcada como o primeiro momento de execução cruel na história da Igreja, após a morte de Cristo. A partir dela a igreja se viu em aperto, pois foi desencadeado uma grande revolta contra o povo cristão, que os espalhou pelas províncias próximas.

Do ponto de vista humano, aquele foi um dia tenebroso para os crentes, mas do ponto de vista de Deus foi o começo de uma grande revolução espiritual, quando a igreja alargou suas fronteiras em direção aos confins da terra. Com a morte de Estêvão um vento forte de perseguição soprou sobre a igreja. Mas a perseguição é como o vento em relação à semente: apenas a espalha. 2
Nesse período então vemos os cristãos, apesar de estarem debaixo de perseguição, cumprirem o que estava determinado desde Marcos 16.15. Eles foram andando e pregando, mesmo em meio a toda angústia que estavam vivendo. Nesse período a igreja viveu uma grande expansão de salvos.

A comissão foi cumprida através da perseguição. A perseguição não é um acidente de percurso, mas uma agenda. Mesmo quando a igreja é perseguida, Deus continua no controle. A perseguição nunca destruiu a igreja; ao contrário, alargou suas fronteiras. Uma igreja que se espalha para além de sua zona de conforto impacta o mundo.

Destaque

A história vai mostrar que foi em meio ao período de maior aflição que a igreja alcançou seu maior crescimento. Quanto mais renhida a peleja, maior era a fidelidade da igreja à mensagem do Reino e, por isso, ocorriam tantas conversões, milagres e libertações (At 5.1216). Isso se deve ao fato de que a pregação não se baseava em discursos de autoajuda ou prosperidade material, mas na mensagem da cruz. Nesse sentido, a igreja da atualidade tem muito a aprender com os primeiros irmãos.

A IGREJA QUE EVANGELIZA

O vento aumenta a chama. A perseguição não labora contra a igreja, mas a seu favor. Deus transforma o agente da perseguição em parceiro da missão. A dispersão levou ao mais significativo avanço na missão da igreja. Pode-se dizer que a perseguição foi necessária para levá-los a cumprir o mandamento dado em Atos 1.8.

Eles iam caminhando e pregando debaixo do poder da Palavra de Deus, tendo sua pregação confirmada por grandes sinais e maravilhas que eram vistas no meio de todos. Eles estavam inflamados a morrerem e sofrerem pelo evangelho, contudo, a motivação do Espírito Santo ardia em seus corações.

A evangelização alcança o mundo quando é uma grande força leiga. A perseguição dispersou os crentes, que saíram pregando a Palavra. Como já afirmamos, a perseguição faz com a igreja aquilo que o vento faz com a semente, espalhando-a e aumentando a colheita. Os cristãos de Jerusalém eram as sementes de Deus, e a perseguição foi usada por Deus para plantá-los em novo solo, a fim de que dessem frutos.

Agora é relevante destacar que esse avanço se dava pela pregação da Palavra de Deus, e a exposição do verdadeiro evangelho. Não tinha autoajuda ou manipulação da fé, era evangelho puro e simples, que movia o coração dos pregadores, e atingia o coração de cada evangelizado.

O projeto de Deus é o evangelho todo, por toda a igreja, a todo o mundo, a cada criatura, em cada geração. Os apóstolos sozinhos não podiam ganhar o mundo. Cada crente, porém, tornou-se um missionário. Lucas relata: Entrementes, os que foram dispersos iam por toda parte pregando a Palavra (8.4).

Destaque

A igreja deve se expandir pelo poder do Espírito e pela essência da Palavra de Deus, e não por modismos ou aconselhamentos de coachs das redes sociais, como se a vida se resumisse a um grande empreendimento terreno. Sabemos que uma vida próspera espiritualmente é resultado da obediência aos princípios e valores da Palavra de Deus. Se a igreja na atualidade quiser experimentar novamente do poder de Deus nos moldes da igreja primitiva, será necessário voltar às práticas das primeiras obras (Ap 2.5).

A IGREJA QUE DÁ SUPORTE À EVANGELIZAÇÃO

A igreja avançava e crescia, mas os apóstolos recebiam as mensagens sobre tudo o que acontecia com a igreja. Eles haviam ficado em Jerusalém no momento da dispersão, porém, agora saem em uma comitiva para prestar suporte e apoio ao grande trabalho que era desenvolvido por todos.

Esse ponto é interessante pois entendemos que todo crescimento precisa de supervisão e apoio, pois os mais experientes devem ser aqueles que são orientadores e mentores dos menos experientes. Quando uma igreja tem esse nível de suporte, a tendencia é que cresça e avance cada vez mais.

A igreja crescia, discipulava os novos membros e continuava na obra evangelística. Ela estava vivendo e fazendo o que o Mestre mandou: Ide e pregai. No tempo presente precisamos entender a importância do discipulado, que é a ferramenta importante para o iní cio da caminhada de todo salvo.

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. ANTONIO VITOR LIMA BORBA