ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2025
Adultos - A IGREJA EM JERUSALÉM: Doutrina, comunhão e fé: a base para o crescimento da Igreja em meio às perseguições
COMENTARISTA: José Gonçalves
COMENTÁRIO: Pr. Caramuru Afonso Francisco
APÊNDICE Nº 1 – AS IMPERFEIÇÕES DA IGREJA EM JERUSALÉM
A igreja em Jerusalém, como toda igreja local, é imperfeita.
Texto áureo
“Não que já a tenha alcançado ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus.” (Fp.3:12).
INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo da igreja em Jerusalém, estudaremos a questão do “ministério cotidiano”.
- A Igreja é imperfeita e deve enfrentar os problemas que se apresentam na direção do Espírito Santo.
I – PROBLEMAS EXISTIAM NA IGREJA EM JERUSALÉM
- Em apêndice ao trimestre, analisaremos as imperfeições da igreja em Jerusalém.
- A igreja em Jerusalém, como toda igreja local, é imperfeita.
I – IMPERFEIÇÃO: UMA CARACTERÍSTICA ESSENCIAL DO CRISTÃO ATÉ A GLORIFICAÇÃO
- Estamos a estudar, neste trimestre letivo da Escola Bíblica Dominical, a igreja em Jerusalém, que é a primeira igreja local, por isso mesmo denominada, por vezes, de “igreja primitiva” e que se constitui como modelo, referência para todas as igrejas locais durante a dispensação da graça.
- O fato de a igreja em Jerusalém ser o modelo a ser seguido se depreende, pelo menos, por três fatores.
- O primeiro fator é que foi determinação do Senhor Jesus que a primeira igreja local tivesse sede em Jerusalém. Jesus expressamente disse que a pregação do arrependimento e remissão dos pecados começaria em Jerusalém (Lc.24:47), que Seus discípulos seriam Suas testemunhas até aos confins da Terra, mas a partir de Jerusalém (At.1:8).
- Ora, se tudo devia começar por Jerusalém, é evidente que o que ocorreria em Jerusalém deveria ser reproduzido até aos confins da Terra, até porque Deus não muda (Ml.3:6; Tg.1:17) e Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente (Hb.13:8).
- O segundo fator é que nenhuma igreja local foi tão minudentemente descrita nas Escrituras que a igreja em Jerusalém, e no livro de Atos dos Apóstolos, que é não apenas um livro histórico mas, também, um livro normativo. Este registro pormenorizado demonstra claramente que é a igreja em Jerusalém o modelo a ser seguido por todos os cristãos durante o tempo da Igreja sobre a face da Terra, já que a Bíblia é nossa única regra de fé e prática.
- O terceiro fator é que foi a partir de Jerusalém que se estabeleceram as demais igrejas locais dos primeiros dias da Igreja, ou seja, a expansão do Evangelho se deu por causa dos membros da igreja em Jerusalém, a demonstrar que o propósito do Espírito Santo foi estabelecer uma igreja local que se expandiria até aos confins da Terra.
- Foram membros da igreja em Jerusalém que fundaram as igrejas locais da Judeia, Samaria e Galileia (At.8:4,5; 9:31), como também igrejas locais surgidas entre os judeus da diáspora (At.8:37,38; 11:19), tendo sido também Pedro, um membro desta igreja local, a abrir a porta do Evangelho aos gentios (At.10), bem como membros anônimos a darem origem à primeira igreja gentílica em Antioquia (At.11:20,26).
- O próprio apóstolo Paulo, mesmo tendo se convertido por meio de uma aparição especial de Jesus no caminho de Damasco, teve de se tornar membro da igreja em Jerusalém antes de partir para Tarso (At.9:27-30).
- Apesar de ser, portanto, indubitável que a igreja em Jerusalém é o modelo de igreja local a ser seguido pela Igreja enquanto Jesus não vem arrebatá-la, a imparcialidade da Bíblia Sagrada não nos permite dizer que se esteja diante de uma igreja perfeita.
- Uma das provas de que a Bíblia é a Palavra de Deus é o fato de que é ela o único livro imparcial existente, aquele que não esconde qualquer defeito ou falha dos seus heróis, das personagens consideradas exemplares ao longo da história sagrada. Com a exceção de Jesus, que é Deus feito homem e que nunca pecou (Hb.4:15), todas as demais figuras bíblicas são apresentadas como de fato são, homens pecadores e falíveis, com suas imperfeições.
- A imperfeição é uma característica inevitável do ser humano. O homem é uma criatura, a coroa da criação terrena, mas uma criatura, e toda criatura é imperfeita, pois perfeito é apenas Deus, o Criador.
- Uma das indispensáveis características de um ser perfeito é a eternidade, ou seja, só é perfeito o ser que sempre tenha existido, que não tem princípio nem fim. Ora, o único ser eterno é Deus (Sl.90:2; Is.40:28).
- O homem foi criado no sexto dia da criação (Gn.1:26,27) e, portanto, ainda que não tenha fim a sua existência, teve início e só por isso já é um ser imperfeito. Tanto assim é que a Palavra diz que o homem foi criado reto (Ec.7:29), mas não perfeito.
- Ora, se a igreja local é formada de seres humanos, e sendo todos os seres humanos imperfeitos, é evidente que a igreja local será imperfeita. A prova disso é que o Senhor Jesus escolhe, dentre os membros em particular da Igreja, pessoas que são designadas para promover o aperfeiçoamento dos santos (Ef.4:11,12),
- Jesus criou cinco dons ministeriais (apóstolo, profeta, evangelista, pastor e doutor) para que os santos, ou seja, aquelas pessoas que foram por Ele santificadas após terem crido n’Ele como único e suficiente Senhor e Salvador (I Co.1:2), fossem aperfeiçoados e só admite ser aperfeiçoado quem é imperfeito, não é mesmo?
- Mas, além de os seres humanos serem, por natureza, imperfeitos, também o são por causa do estado pecaminoso em que se encontram.
- Embora tenha sido criado reto, o homem pecou e, como Adão pecou, todos os homens pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Rm.3:23; 5:12). Os homens, a partir de então, têm a natureza adâmica, ou seja, pecaminosa e decaída, o que gera, efetivamente, uma imperfeição tanto espiritual quanto moral.
- Quando a pessoa crê em Jesus, ela nasce de novo (Jo.3:3,5), torna-se uma nova criatura (II Co.5:17; Gl.6:15). Esta nova criatura, já vimos, é imperfeita, precisa ser aperfeiçoada. Mas o fato é que o “velho homem” não é eliminado, passa a conviver com esta nova criatura no interior do salvo, ainda que esteja crucificado (Gl.5:24).
- Há, portanto, uma constante luta entre a velha natureza, chamada de “carne”, e a nova natureza (Gl.5:16,17), e isto, evidentemente, não é um estado de perfeição, o que exige, da parte do salvo, que é membro em particular da Igreja (I Co.12:27), uma vida de santificação (Hb.12:14; Ap.22:11).
- Tem-se, pois, mais um fator a impor uma imperfeição entre os membros da igreja local, fator este que somente findará quando este “velho homem” for eliminado, o que ocorrerá tão somente quando se der a glorificação, último estágio do processo da salvação (Rm.8:29,30; I Jo.3:2,3).
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO