ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2025
Adultos - A IGREJA EM JERUSALÉM: Doutrina, comunhão e fé: a base para o crescimento da Igreja em meio às perseguições
COMENTARISTA: José Gonçalves
COMENTÁRIO: Pr. Caramuru Afonso Francisco
LIÇÃO Nº 8 – UMA IGREJA QUE ENFRENTA OS SEUS PROBLEMAS
A Igreja é imperfeita e deve enfrentar os problemas que se apresentam na direção do Espírito Santo.
INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo da igreja em Jerusalém, estudaremos a questão do “ministério cotidiano”.
- A Igreja é imperfeita e deve enfrentar os problemas que se apresentam na direção do Espírito Santo.
I – PROBLEMAS EXISTIAM NA IGREJA EM JERUSALÉM
- Ao longo deste trimestre, temos enfatizado a ideia de que a igreja retratada por Lucas no livro de Atos, principalmente a igreja em Jerusalém, não era uma igreja perfeita, embora seja o modelo a ser imitado por todas as igrejas locais, já que se trata do modelo que foi descrito por inspiração do Espírito Santo.
- No entanto, a igreja primitiva, a igreja em Jerusalém, não era perfeita, visto que formada por homens imperfeitos, assim como nós, ainda que revestidos do poder do Espírito Santo e que, em pouco tempo, “encheu Jerusalém da Palavra de Deus” (At.5:28).
- Já vimos, em lição anterior, como, entre os salvos, havia aqueles que se deixaram levar pelo diabo, como Ananias e Safira, e que foram duramente repreendidos pelo Senhor, a demonstrar o nível de santidade que havia entre os crentes, tanto que ninguém ousava se juntar a eles (At.5:13).
- Na presente lição, não é diferente. As Escrituras retratam-nos que, diante do crescimento da igreja, surgiu, no meio da igreja, uma murmuração dos gregos contra os hebreus, em virtude do desprezo que as viúvas dos primeiros eram submetidas pelo “ministério cotidiano” (At.6:1).
- Esta simples, clara e objetiva afirmação de Lucas mostra-nos, claramente, que a igreja em Jerusalém, apesar de ser um povo santo, separado dos demais judeus, que mantinha, pela santificação, um ambiente que constrangia os incrédulos a se aproximarem daquela comunidade, a não ser para alcançar a salvação, não era um grupo que estivesse alheio às vicissitudes existentes na sociedade de seu tempo.
- Assim como havia dito o Senhor Jesus, a Igreja, embora não fosse do mundo, estava no mundo (Jo.17:11,16) e, portanto, sofria as influências do ambiente onde se encontrava, ainda que não mais tivesse comunhão com ele.
- A propósito, o Senhor Jesus foi enfático ao dizer que jamais pediria que eles fossem tirados do mundo, mas tão somente que fossem livres do mal (Jo.17:15).
- Esta característica jamais pode ser perdida de vista por parte da igreja em todos os tempos. A sua santificação, a sua separação do mundo, a busca incessante de uma comunhão com Deus se, de um lado, impedirá que lobos vestidos de ovelhas se aproximem do povo (At.5:13) como também que pessoas que tenham caído da graça sejam, o quanto antes, manifestos a todo o povo (At.5:1-11); de outro, jamais poderá fazer com que a igreja local se torne um “mosteiro”, um local inacessível aos pecadores e impermeável às influências e acontecimentos do mundo.
- Uma total separação e impermeabilização da sociedade será completa inversão do decidido pelo Senhor Jesus (Jo.17:11,16), pois terão se retirado do mundo por conta própria, negando, assim a qualidade que a Igreja deve ter de sal da terra e luz do mundo (Mt.5:13-16).
- Por isso, não se pode considerar como atitude correta o isolamento total do mundo, o chamado sectarismo, que chega mesmo, como vemos, por exemplo, entre os “amishes”, a construir comunidades completamente isoladas do mundo, vivendo num “universo paralelo”, o que é completa negação do propósito de Cristo para a salvação das almas.
- A igreja em Jerusalém crescia (At.5:14), crescimento que não era apenas numérico, quantitativo, mas, também, qualitativo, na medida em que havia evidente conversão por parte dos novos crentes e o poder de Deus se manifestava confirmando a Palavra pregada (At.5:12,15,16).
- O crescimento da Igreja, ao contrário do que atualmente se costuma dizer, não veio sem qualquer problema ou dificuldade. Não só se intensificou a perseguição, assunto que se tratou na lição anterior, como também passaram a surgir novos problemas internos, além daqueles que já vimos no episódio de Ananias e Safira.
- Pelo que se pode inferir do texto de Atos, com o crescimento da Igreja, necessário foi que se criasse um serviço de assistência aos necessitados, a que se chamou “ministério cotidiano” (At.6:1) ou “distribuição diária de alimentos” (At.6:1 NVI).
- Os apóstolos nada mais faziam senão o que haviam aprendido com Jesus que, durante o Seu ministério, também cuidava dos pobres e necessitados, tendo uma “bolsa dos pobres” (Jo.12:6; 13:29), para os quais encaminhava os recursos financeiros que recebia (Lc.8:3).
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO