Lição 7 - Uma Igreja que não teme a perseguição VI

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ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

TERCEIRO TRIMESTRE DE 2025

Adultos - A IGREJA EM JERUSALÉM: Doutrina, comunhão e fé: a base para o crescimento da Igreja em meio às perseguições

COMENTARISTA: José Gonçalves

COMENTÁRIO: EV. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA

LIÇÃO Nº 7 – UMA IGREJA QUE NÃO TEME A PERSEGUIÇÃO

A trajetória da igreja de Cristo neste mundo sempre foi marcada por oposições e perseguições. A pregação do Evangelho não encontra apenas desafios de ordem política ou religiosa, mas também espiritual. Não podemos nos esquecer que a nossa luta não é contra carne e sangue, mas contra as hostes espirituais, principados e potestades das trevas (Ef6.12). E preciso ter em mente essa perspectiva a fim de que lutemos com as armas espirituais e não materiais. Desde o princípio da igreja, nossos irmãos fizeram uso dessas ferramentas. Eles se reuniam e faziam continuamente oração para o Espírito Santo os capacitar a pregar a Palavra e a vencer os desafios impostos pelas perseguições. 

O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.

A IGREJA PERSEGUIDA

A história da Igreja apresenta períodos de grandes aflições vividas por parte dos cristãos. Grupos de pessoas que representavam diversos interesses buscavam sempre a derrocada dos cristãos, reunindo-se com frequência para debater a melhor forma de aprisionar e eliminar aqueles que anunciando a mensagem do Evangelho, causaram um grande alvoroço na sociedade.

O texto Sagrado descreve que o público que perseguia os cristãos eram os sacerdotes, os saduceus, dentro outros representantes do Templo no primeiro século. Quando os anos avançaram, outros grupos foram contados como perseguidores, como por exemplo os países da janela I Ox40, que torturam e massacram cristãos por motivo da propagação do Evangelho.

A Igreja enfrentará essa resistência e deverá entender que ela não vem porque o nosso Deus não está ao nosso lado, mas sim pelo fato de que a Igreja verdadeira incomodará o mundo caído, e ao saquear o inferno com a poderosa mensagem do Evangelho, a resistência satânica será cada vez mais intensa.

Em um mundo secularizado a mensagem de libertação do Evangelho causa incomodo aos ouvidos cheio de comichões, como afirma o apóstolo Paulo (2 Tm 4.3,4). Outros rejeitarão e se inflamarão contra a Igreja pelo fato de desejarem seguir as suas próprias paixões infames (Rm 1.26-32).

A Igreja perseguida não deve pensar que está sofrendo dessa forma por causa do abandono de Deus a ela, mas sim deve entender que a perseguição ocorre por causa da ira do inimigo de nossas almas contra a missão que a nós foi imposta, e por isso sua fúria visa nos deter. Contudo, devemos ter em mente que as portas do inferno não prevalecerão (Mt 16.18).

Destaque

A Bíblia não só apresenta a Igreja como sofredora como também desenvolve uma teologia da perseguição — sua origem, objetivo e efeitos. A origem da perseguição é o ódio do homem pecador contra Deus. Paulo chama os homens irreconciliados e "inimigos de Deus" (Rm 5.10). O amor ao mundo é inimizade contra Deus. "Ninguém pode servir a dois senhores" (Mt 6.24). "A luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz" (Jo 3.19). "Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser" (Rm 8.7). O Senhor Jesus Cristo assegura aos seus seguidores que não é o servo maior do que o seu Senhor. "Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós" (Jo 15.20). No mundo, os discípulos devem esperar tribulações, mas devem preocupar-se com o fato de serem bem-vistos por todos. Eles devem regozijar-se quando falarem mal deles (Mt 5. I I , 12). Os homens farão mais do que falar contra a reputação, eles matarão os discípulos julgando estar prestando um serviço a Deus (Jo 16.2).

A IGREJA PROTEGIDA

Uma Igreja perseguida não é uma Igreja abandonada. Deus sempre fornecerá o escape necessário para que a Igreja sobreviva ao período de perseguição e sofrimento. Quando olhamos para o texto Sagrado encontramos histórias que refletem muito bem o que estamos afirmando aqui.

O apóstolo Pedro foi lançado na prisão por questões puramente políticas e pessoais, nas quais fizeram o rei Herodes buscar maltratar alguns que se denominavam cristãos. Foi nesse levante que Tiago foi morto à espada, acontecimento que agradou aos judeus. Esse movimento trouxe um movimento favorável ao ambiente político do rei, que buscou ainda mais investir contra os cristãos, por isso Pedro foi seu alvo.

A prisão de Pedro representaria um marco para Herodes, como um grande aceno para os judeus da época. Quando o rei apresentasse Pedro preso, o povo judeu que estavam contra os cristãos se inflamariam alegremente, causando um impacto positivo à imagem do rei. O que ele não contava era que enquanto Pedro estava na prisão, a Igreja estava continuamente orando por Ele (At 12.5).

A oração da Igreja provocou o livramento da parte de Deus para a vida do apóstolo. Mesmo guardado e bem protegido, um anjo fora enviado para libertar a Pedro pela porta da frente. Essa situação demonstra, cada vez mais, que a Igreja não está sozinha se viver debaixo da oração de que move com os seus joelhos.

Destaque

Os crentes não foram para as ruas organizar uma revolta popular. Não fizeram um abaixo-assinado reivindicando seus direitos, nem apelaram para as autoridades para pedir a soltura de Pedro. Os crentes se reuniram para orar em favor de Pedro. Buscaram o soberano
Senhor do universo, pois acreditavam no poder da oração.

A IGREJA DESTEMIDA

A grande marca da Igreja no primeiro século era a coragem. Os primeiros cristãos não temiam à espada, aos leões ou às fogueiras. Eles sabiam que estavam defendendo uma causa maior, pois eram movidos pela impulsão dinâmica do Espírito Santo em suas vidas. O Espírito movia a Igreja a continuar avante, mesmo em meio aos levantes malignos.

Eles avançavam pregando e testemunhando com poder, e o impacto dessa grande ousadia era sentido em seu crescimento. A Igreja crescia com ousadia, e isso incomodava os opositores da fé. Uma Igreja destemida é uma Igreja que avança pelo e para o Reino de Deus, pois o nosso chamado foi para essa causa.

Por fim, que o nosso Senhor possa nos fornecer a ousadia necessária para avançar nessa caminhada de fé, sabendo que não devemos nos acomodar atrás de uma falsa sensação de segurança, mas sim enfrentar os levantes malignos para alcançar mais almas para o Reino de Deus.

Destaque

Além da oração, a igreja perseverava em um testemunho dos valores bíblicos com poder e pronta disposição. Não havia incoerência entre o que pregavam e o que praticavam, pois para eles a prática do Evangelho foi adotada como um estilo de vida. Eles agiam, pensavam, se comunicavam e tomavam decisões de acordo com a direção do Espírito Santo. Como vemos em Atos, os primeiros crentes perseveravam unânimes todos os dias no templo, partindo o pão e louvando a Deus (At 2.46-47). Essa comunhão chamava a atenção da sociedade de modo que muitos criam no Evangelho e se convertiam à fé cristã. [...] Além de vigiar, é precisa buscar continuamente a presença do Espírito Santo. Só com a capacitação do Espírito podemos suportar as adversidades que tentam impedir o progresso espiritual da igreja. Perseveremos (1 co 15.58).

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. ANTONIO VITOR LIMA BORBA