Lição 2 - A Igreja de Jerusalém: um modelo a ser seguido III

Imprimir

ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

TERCEIRO TRIMESTRE DE 2025

Adultos - A IGREJA EM JERUSALÉM: Doutrina, comunhão e fé: a base para o crescimento da Igreja em meio às perseguições

COMENTARISTA: José Gonçalves

COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

LIÇÃO Nº 2 – A IGREJA DE JERUSALÉM: UM MODELO A SER SEGUIDO

Texto: Atos 2.37-47.

Introdução: A Igreja de Jerusalém, como igreja-mãe, tornou-se exemplo para as demais. Um modelo a ser seguido por todas as igrejas verdadeiramente bíblicas.

I. UMA IGREJA COM SÓLIDOS ALICERCES

1. Uma igreja com fundamento doutrinário

1.1. A igreja de Jerusalém era uma igreja bem doutrinada (At 5.28)

1.2. Uma igreja que havia recebido mandamentos (At 1.2)

1.3. Uma igreja genuinamente cristã reflete a prática e os ensinos dos apóstolos (At 2.42; Rm 6.17)

1.4. Uma igreja genuinamente cristã:

a. Ela consegue ensinar e doutrinar seus membros (1Tm 4.16; 2Tm 3.10; 4.2; Tt 3.10)

b. Seus membros, devido a doutrina, refletem o caráter de Cristo (1Tm 4.6; Gl 2.20)

2. “Perseveravam na doutrina dos apóstolos” (At 2.42)

2.1. ‘Doutrina’: (Gr: didaché) = “ensinar” e “instruir”

2.2. Havia um grande processo de discipulado da igreja de Jerusalém (At 5.28;Mt 28.19)

2.3. A igreja de Jerusalém era bem doutrinada, e, portanto, bem discipulada (At 6.1)

2.4. Na igreja deve ter o discipulado cristão.

a. O discípulo consegue levar adiante o que aprendeu de seu Mestre (Tt 1.9)

b. Esse processo é o que leva ao crescimento exponencial da igreja (At 5.42)

c. Os apóstolos aprenderam de Cristo e levaram adiante (Jd 1.3)

d. A igreja aprendeu dos apóstolos e levou o ensino adiante (2Tm 4.2)

2.5. A tragédia da igreja acontece através de dois fatores:

a. Quando ela não se deixa ser discipulada. (através da falta de obediência Hb 13.17)

b. Quando ela não consegue discipular. (o rebanho é arrebatado Ap 2.20)

3. Uma igreja relacional e piedosa

3.1. A igreja de Jerusalém perseverava na “comunhão” (At 2.42)

3.2. O que entendemos sobre comunhão?

a. São relações interpessoais dos primitivos cristãos (Gl 2.9)

b. A primeira igreja era, portanto, uma igreja relacional (1Jo 1.3)

3.3. ‘Perseverar em comunhão’:

a. É se dedicar à construção de bons relacionamentos (Rm 12.10)

b. Tem a ver com o modo de vida dos crentes. (reunir-se é bom At 12.12)

3.4. Sem o cultivo de relações interpessoais fortes, a igreja cai em um mero ativismo (1Co 13.1)

3.5. A igreja vivia em comunhão, mas, também, vivia em oração (At 2.42)

a. Pedro e João foram ao templo na hora nona de oração (At 3.1)

b. Os apóstolos estabeleceram como prática dedicar-se à oração (At 6.4)

c. A Igreja reunida na casa de Maria, mãe de Marcos, se dedicava à oração (At 12.5)

II. UMA IGREJA OBSERVADORA DOS SÍMBOLOS CRISTÃOS

1. O Batismo

1.1. Levando o novo convertido ao batismo (At 2.38)

a. Naquela época, a primeira igreja batizava quem se convertia (At 8.13; 8.36)

b. A pessoa precisava se arrepender dos seus pecados (At 2.38)

c. A pessoa precisava, logo após, crer e aceitar a Cristo como Salvador (At 16.31)

1.2. O batismo era uma das ordenanças de Jesus (Mc 16.16)

1.3. O batismo era um dos primeiros passos da fé cristã (At 16.33)

1.4. O batismo era um rito de entrada para a nova vida em Cristo (2Co 5.17)

1.5. Era preciso ter consciência do sentido desse símbolo de fé (Rm 6.3-4)

a. Era um testemunho público de que a pessoa havia se convertido (At 2.37-38)

b. Era um testemunho de que haviam recebido uma nova vida em Cristo (Cl 2.12)

2. A Ceia do Senhor

2.1. A Ceia do Senhor é uma ordenança dada por Jesus (1Co 11.24-25)

a. A igreja cumpria essa ordenança (At 2.42)

2.2. O teólogo Donald Gee disse que, quando a Ceia do Senhor é tomada corretamente:

a. Leva a Igreja ao próprio coração de sua fé

b. Leva a Igreja ao próprio centro do Evangelho

c. Leva a Igreja ao objeto supremo do amor de Deus

2.3. Na Ceia do Senhor os cristãos lembravam a morte do Senhor (At 2.42-46)

III. UMA IGREJA MODELO

1. Uma igreja reverente e cheia de dons

1.1. Na igreja em Jerusalém havia temor de Deus (At 2.43)

a. Temor: (Gr: phóbos) = “reverência, respeito pelo sagrado”

b. Havia um forte sentimento da presença de Deus! (At 8.5-7)

c. Esse respeito faz nos lembrar de Moisés na presença de Deus (Êx 3.5)

1.2. Na igreja em Jerusalém havia o mover das mãos de Deus (At 2.43)

a. Era o Espírito santo se manifestando com dons (Rm 15.19)

b. Os dons espirituais ornamentavam a igreja cristã primitiva (diversidades 1Co 12.4)

2. Uma igreja acolhedora

. Uma das principais marcas da igreja em Jerusalém era o acolhimento (At 2.44)

. Uma igreja, para se tornar relevante, necessariamente deve ser acolhedora (At 21.17)

. Não é fácil partilhar, muito menos acolher

. A nossa tendência é nos fechar em nosso mundo

. A nossa tendência é deixar de fora quem achamos ser inconveniente (Rm 12.18)

. Numa igreja acolhedora, acontecem duas coisas:

. Os membros se sentem acolhidos (At 4.15)

. Os membros se sentem parte do grupo (At 4.32)

3. Uma igreja adoradora

. A igreja de Jerusalém era também uma igreja adoradora: “louvando a Deus” (At 2.47).

. “Louvando”, traduz o verbo grego aineo

. É o mesmo termo usado pelos anjos no nascimento de Jesus (Lc 2.13,20)

. O paralítico usou o mesmo termo ao ser curado (At 3.8)

. O que é louvar

. É uma expressão de júbilo e de gratidão (Sl 106.1; 9.1; 69.30)

. É muito mais do que simplesmente ‘cantar’ (Sl 66.1)

. É uma expressão de rendição e total entrega (Sl 28.7)

. É o reconhecimento da grandeza de Deus e de seus poderosos feitos (Sl 150.2)

Conclusão: Vimos, nesta lição, algumas características que marcaram a primeira igreja. Frequentemente, nos referimos a ela como a “Igreja Primitiva”. Vemos como sendo uma igreja ideal, modelo para todas as outras. De fato, ela é a igreja-mãe. Isso, contudo, não significa dizer que a igreja de Jerusalém não tivesse problemas. Pelo contrário, veremos em outras lições, que havia alguns bem desafiadores. Nada, contudo, que tire o seu brilho e nos impeça de nos espelharmos nela.

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS