ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2025
Adultos - EM DEFESA DA FÉ CRISTÃ – Combatendo as antigas heresias que se apresentam com nova aparência
COMENTARISTA: Esequias Soares da Silva
COMENTÁRIO: EV. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA
LIÇÃO Nº 9 – QUEM É O ESPÍRITO SANTO
Conhecer a pneumatologia é extremamente importante, haja vista que em nossos dias há um número significativo de seitas e heresias que distorcem a perspectiva bíblica sobre a Pessoa do Espírito Santo. A primeira investida dos hereges é tentar justamente desqualificá- lo em sua pessoalidade. Todavia, os atributos divinos relacionados ao Espírito Santo, bem como sua capacidade de convencer o homem do pecado da justiça e do juízo (Jo 16.8) são evidências bíblicas de que não estamos falando de uma força ativa, e sim de uma Pessoa.
O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.
O CONSOLADOR
Na presente lição trataremos a respeito da pessoa do Espírito Santo. Sua atuação e presença é notada em toda Sagrada Escritura, contudo, muitos pensadores desprezaram seu ensino, e outros se aplicaram em apresentá-lo de maneira equivocada ou até herética.
Porém, nós não podemos desprezar a existência, muito menos as características particulares a terceira pessoa da Trindade. Em primeiro lugar, precisamos olhar para o Espírito Santo como o “Consolador” prometido por Jesus, que viria como o allos (outro da mesma natureza, qualidade e espécie), e viria como Aquele que convenceria o homem do pecado, da justiça e do juízo.
O termo grego empregado por Jesus para o “Consolador” é paraklêtos, que significa “defensor, advogado, intercessor, auxiliador”. Aparece apenas cinco vezes no Novo Testamento e nos escritos joaninos, quatro vezes no evangelho, referindo-se ao Espírito Santo (Jo 14.16, 26; 15.26; 16.7), e uma, na sua primeira epístola, traduzido por “Advogado”, aplicado ao Senhor Jesus: “Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Mas, se alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1 Jo 2.1). O Espírito Santo foi-nos enviado pelo Pai, para que sua atuação dinâmica impulsionasse a Igreja em sua missão aqui na terra. Ele, também, veio nos ensinar e fazer lembrar sobretudo o que o Filho nos deixou como ensino, fazendo com que assim venhamos, além de compreender a mensagem Sagrada, possamos transmitir o conhecimento que recebemos através de sua ação.
O divino Consolador tem pleno poder sobre todas as coisas (SI 104.30). O Espírito Santo tem poder próprio. É dEle que flui a vida, em suas dimensões e sentidos bem como o poder de Deus (SI 104.30; E f 3.16; At 1.8). Isso é uma evidência da deidade do Espírito Santo. Ele tem autoridade e poder inerentes, como vemos em toda a Bíblia, máxime em o Novo Testamento.
Destaque
Dentre tantas afirmativas na Bíblia acerca do Espírito Santo como Pessoa, a que mais nos anima é a de que o Consolador estaria conosco todos os dias e nos ensinaria todas as coisas (Jo 14.16,26). Que possamos buscara intimidade com o Espírito Santo, amigo fiel e Deus.
O Espírito Santo, portanto, é alguém como Jesus, da mesma substância, glória e poder. O Consolador é enviado pelo Pai em nome de Jesus para ensinar os discípulos, para fazer lembrar tudo o que o Filho ensinou e para testificar dele. Não é possível uma força ativa e impessoal ser enviada em nome de alguém tendo tais atributos.
SUA DEIDADE, ATRIBUTOS E OBRAS
Quando lemos as Sagradas Escrituras, vamos encontrar o Espírito Santo não como uma força ativa como alguns pensam e ensinam, mas sim Ele é Deus e possui atributos particulares que são exclusivos das personalidades da Trindade. Sua divindade é verdade revelada na Bíblia Sagrada, e seus atributos somente afirmam essa verdade.
O Espírito Santo não é simplesmente uma influência benéfica ou um poder impessoal. É uma pessoa, assim como Deus e Jesus o são. [...] Ele tomou parte ativa na criação em geral (cf. SI 104.30), na restauração do mundo após o caos (cf. Gn 1.2) e na criação especial do homem (cf. Jó 33.4). Ele inspirou a Palavra de Deus (cf. 1 Pe 1.11; 2 Pe 1.21). [...] Ele possui eternidade (cf. Hb 9.14), é onisciente (cf. 1 Co 2.10,11), onipresente (cf. SI 139.7-10) e onipotente (cf. Lc 1.35; 1 Co 12.11).
As obras do Espírito Santo provam a sua divindade, assim como as obras que Jesus realizou como homem comprovam que Ele é o Filho de Deus (cf. Jo 5.36; 10.25,38; 14.11). O Espírito Santo sempre opera em conjunto com a Trindade, pois é o ativador de todas as coisas.
É através de seus atributos e obras que a deidade do Espírito Santo nos é confirmada, o que nos garantes ainda mais que as heresias que são levantadas por alguns grupos, não são sustentadas pela revelação divina.
Destaque
Um aspecto importante que qualifica o Espírito Santo enquanto Pessoa atuante na igreja é a sua ação santificadora, preservadora e capacitadora na vida dos crentes. A santificação é a separação do crente em relação ao pecado (2Ts 2.13). Nesse sentido, o Espírito Santo opera sobre o nascido de Deus para que vença o mundo (1 Jo 5.4). Da mesma maneira, a preservação diz respeito ao sustento do Espírito para que o filho de Deus persevere na fé (Ef 1.13,14). Isso não significa que o crente não possa resistir à influência do Espírito, e sim que há uma cooperação para que a submissão a Deus seja efetiva. E, por fim, o Espírito distribui dons e capacita os crentes ao exercício do ministério para a edificação da Igreja (1Co 12.4-7).
A Bíblia revela todos os elementos constitutivos da personalidade do Espírito Santo, como intelecto, emoção e vontade. Outra prova da pessoalidade do Espírito Santo é que Ele reage a certos atos praticados pelos seres humanos. Pedro obedeceu ao Espírito Santo. Ana- nias mentiu ao Espírito Santo: 'para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade? (At 5.3); Estevão disse que os judeus sempre resistiram ao Espírito Santo: “vós sempre resistis ao Espírito Santo (At 7.51); os fariseus blasfemaram contra o Espírito Santo: 'a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens” (Mt 12.31); e os cristãos são batizados também em seu nome: batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo' (Mt 28.19). O Espírito Santo relaciona-se com os crentes de maneira pessoal, pois somente uma pessoa poderia agir como mestre, consolador, santificador e guia. Cremos e declaramos que o Espírito Santo ensina, fala, guia em toda a verdade, julga, ama, contende [Gn 6.3], convida e intercede. Ele é Deus, Ele é pessoal.
HERESIAS ANTIGAS E NOVAS
Nos tempos antigos, a pessoa do Espírito Santo não possuía uma aceitação ou consenso de maneira unânime no contexto dos pais da Igreja. Opositores do Espírito Santo apresenta- ram suas teses, a fim de segregá-Lo da santíssima Trindade. Outro, até, nem aceitavam o pensamento de uma santíssima Trindade.
Os arianistas, por exemplo, associavam o Espírito Santo com a mais nobre criatura produzida pelo Filho a pedido do Pai, não considerando, assim, a sua deidade incontestável apresentada nas Sagradas Letras. Os pneumatomacianos eram outro grupo que negava fervo- rosamente a divindade do Espírito Santo, destacando-se como os “opositores do Espírito”.
Os tropicianos ensinavam ser o Espírito Santo um anjo, mas Atanásio (295-373) bispo de Alexandria refutou essa heresia com muita propriedade. E, Basílio de Cesareia (329-379) que, a princípio, tinha sido pneumatomaciano, depois de pesquisas profundas nas Escrituras, reconheceu a divindade do Espírito Santo e procurou convencer o seu amigo, Eustáquio de Sebaste, líder dos pneumatomacianos, mas não conseguiu trazer o seu amigo para a ortodoxia cristã.
Destaque
A religiões não cristãs desconhecem a identidade do Espírito Santo e os grupos religiosos heterodoxos que não acreditam na doutrina bíblica da Trindade defendem conceitos equivocados sobre Ele. Hoje, o movimento das testemunhas de Jeová segue a linha dos pneumatomacianos e alguns grupos dos muçulmanos, e dos tropicianos.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. ANTONIO VITOR LIMA BORBA