Apêndice 1 - A lei não salva

Imprimir

ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2025

Adultos - EM DEFESA DA FÉ CRISTÃCombatendo as antigas heresias que se apresentam com nova aparência

COMENTARISTA: Esequias Soares da Silva

COMENTÁRIO: Pr. Caramuru Afonso Francisco

APÊNDICE Nº 1 – A LEI NÃO SALVA

Jesus é uma pessoa com duas naturezas.

Texto Áureo

“Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade, a quem a promessa tinha sido feita, e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro” (Gl.3:19)

INTRODUÇÃO

- Em apêndice ao trimestre em que estamos a estudar a Apologética Cristã, entendemos por bem falar da heresia judaizante, que é, talvez, a mais antiga doutrina falsa que se infiltrou na Igreja.

- Este falso ensino diz que aquele que crê em Jesus Cristo como único e suficiente Salvador tem de observar os preceitos da lei judaica para ser salvo.

I – O SENTIDO DA LEI DE MOISÉS

- Denominamos, neste estudo, de “heresia judaizante” ao conjunto de ensinamentos que exigem que o salvo, para ser salvo, além de crer em Jesus como Seu único e suficiente Senhor e Salvador, deve observar a lei judaica, isto é, a lei estabelecida por Deus a Israel no monte Sinai, por intermédio de Moisés (Ex.19:5-25), que tem seu ponto máximo nos chamados “dez mandamentos” ou “dez palavras” (Ex.20), mas cujo conteúdo se encontra, basicamente, não só no livro de Êxodo, a partir do capítulo 20, mas também nos livros de Levítico, Números e Deuteronômio, tendo, ao longo dos séculos, sido acrescida de tradições estabelecidas pelos mestres judaicos, os chamados “rabis” (cf. Mt.15:2; 23:4,8).

- A lei, também chamada de “lei de Moisés”, nada mais é que um pacto estabelecido entre Deus e Israel, através do qual Deus escolhia Israel para ser o Seu povo dentre as demais nações da Terra, o que elevava Israel à condição de reino sacerdotal e povo santo (Ex.19:5,6), ou seja, seria um povo separado do pecado e um povo que seria o mediador entre Deus e as demais nações, porque desta nação adviria o Messias, ou seja, o Ungido, Aquele que, da semente da mulher, promoveria a reconciliação entre Deus e os homens (cf. Gn.3:15). É por isso que Jesus, em Seu diálogo com a mulher samaritana, mostrou que a salvação viria dos judeus (Jo.4:22 “in fine”).

- A lei, portanto, foi um acordo entre Deus e Israel, feita para o bem da humanidade, mas com o objetivo de fazer Deus conhecido através deste povo escolhido até que viesse Aquele que, da semente da mulher, esmagasse a cabeça da serpente, tendo ferido o Seu calcanhar. Disto, aliás, foi testemunha o próprio Moisés que, no ocaso do seu ministério, disse a Israel que, do seu meio, surgiria um outro profeta que deveria ser ouvido pelo povo (Dt.18:15).

- Vemos, pois, que a lei, embora fosse santa, e o mandamento, santo, justo e bom (Rm.7:12), não era um instrumento definitivo e feito para permanecer indefinidamente como critério de relacionamento entre Deus e o homem, porquanto tinha um propósito bem marcado: o de fazer com que Israel levasse as demais nações à presença de Deus até que surgisse a semente da mulher para esmagar a cabeça da serpente.

- Tanto assim é que, ao longo da história de Israel, com a lei já em pleno vigor e estabelecida, Deus torna a prometer a vinda d’Aquele que traria a remissão dos pecados, a reconciliação entre Deus e os homens. Ao escolher Davi como rei sobre Israel, o Senhor lhe promete que, da sua descendência, surgiria um reino que ficaria firme para sempre (II Sm.7:16), um descendente que jamais veria a corrupção ocasionada pelo pecado (Sl.16:9,10; At.2:25-36).

- Através dos profetas, também, em plena vigência da lei, insiste o Senhor em manter a promessa do Messias, Aquele que traria a redenção do povo, extirpando o pecado e estabelecendo a plena comunhão entre Deus e os homens (Is.7:14; 9:1-7; Dn.9:24-27; Mq.5:2).

- Não bastasse isso, as próprias Escrituras hebraicas previram que a lei seria substituída por um outro pacto, que se estenderia a outros povos além de Israel, como vemos, por exemplo, nos profetas Isaías (Is.49), Jeremias (Jr.31:37-41) e Ezequiel (Ez.47:21-23). E qual seria a personagem que estabeleceria este novo tempo? O Messias, como se lê em Is.42:1,6 e 49:6.

- Vemos, portanto, que, em todo o Antigo Testamento, as chamadas Escrituras hebraicas, a lei nunca foi demonstrada como um elemento definitivo da revelação divina, mas como um mecanismo para guiar o relacionamento entre Deus e Israel até que surgisse o Messias que, como não podia deixar de ser, nasceu sob a lei (Gl.4:4), visto que era um israelita.

- O fato de Jesus ter nascido sob a lei e de tê-la cumprido integralmente (aliás, foi o único homem a cumprir a lei) (Mt.5:17) é, a propósito, a comprovação do que temos dito até aqui.

- A lei foi estabelecida como um critério de relacionamento entre Deus e Israel até que viesse o Messias. A lei, embora não tivesse o poder de eliminar o pecado, tinha por finalidade mostrar o pecado e prescrever uma conduta para que o povo de Israel se mantivesse separado do pecado (i.e., santo).

- Assim, imperioso que o Messias, ao chegar, cumprisse a lei, a fim de provar não só que Ele era o Messias, mas que poderia ser o exemplo, pois só mesmo quem cumprisse a Lei teria autoridade para remover o pecado do mundo.

- Jesus nasceu sob a lei e a cumpriu, pois era o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo.1:29), como foi anunciado por João Batista, que, não coincidentemente, foi o último profeta do tempo da lei (Mt.11:13; Lc.16:16).

Quer continuar lendo? Para continuar lendo este artigo baixe os anexos nos links abaixo.Bons estudos.

 COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO