Lição 6 - O Filho é igual com o Pai III

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ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2025

Adultos - EM DEFESA DA FÉ CRISTà– Combatendo as antigas heresias que se apresentam com nova aparência

COMENTARISTA: Esequias Soares da Silva

COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

LIÇÃO Nº 6 – O FILHO É IGUAL COM O PAI

Texto: João 10.30-38

Introdução: O termo teológico "Filho de Deus" é título, sendo assim, a existência de Jesus é desde a eternidade junto ao Pai

I - A DOUTRINA BÍBLICA DA RELAÇÃO DO FILHO COM O PAI

1. Ideia de filho

1.1. O conceito de filho no pensamento judaico implica a igualdade com o pai (Mt 23.29-31)

1.2. Uma das ideias de filho na Bíblia é a identidade de natureza (Sl 8.4)

a. Esse paralelismo é sinonímico em que o poeta diz algo e em seguida repete esse pensamento em outras palavras.

. A ideia de "homem mortal" é repetida em "filho do homem".

1.3. Outro exemplo encontramos nas palavras de Jesus (Mt 23.31)

a. Os escribas e fariseus consideravam os matadores dos profetas como seus pais (Mt 23.29,30)

2. Significado teológico

2.1. A ideia de filho indica igualdade de natureza, ou seja, mesma substância.

a. Jesus é chamado de Filho de Deus no Novo Testamento porque Ele é Deus e veio de Deus. (Jo 8.42; Jo 16.28)

2.2. Quando Jesus declarou: "Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também" (Jo 5.17),

a. Declarava, assim, que Deus é seu Pai

b. Os seus interlocutores entenderam com clareza meridiana que Jesus estava reafirmando a sua deidade, pois: "dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus" (Jo 5.18).

3. O Filho é Deus

3.1. Filho de Deus é uma expressão bíblica para referir-se à relação única do Filho Unigênito com o Pai

3.2. A expressão "Filho de Deus" revela a divindade de Cristo

3.3. O texto sagrado:

a. "Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino" (Hb 1.8)

. É o mais crucial, pois é uma citação direta de Salmos 45.6,7.

3.4. É importante prestar melhor atenção naquelas passagens conhecidas dos crentes:

a. "O teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de equidade”.

b. ‘Tu amas a justiça e aborreces a impiedade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros" (Sl 45.6,7)

3.5. Que história é essa de o Deus do versículo 7 estar ungindo o Deus do versículo 6?

a. Isso tem intrigado alguns rabinos desde a antiguidade

b. A explicação está em Hebreus 1.8, trata-se do relacionamento entre o Pai e o Filho e que a unidade de Deus é plural

II - A HERESIA DO SUBORDINACIONISMO

1. Orígenes

1.1. O Subordinacionismo é toda doutrina que declara:

a. Ser o Filho subordinado ao Pai

b. Ser o Filho um deus secundário

c. Ser o Filho menos divino que o Pai

1.2. Os principais representantes dessa heresia são:

a. Os monarquianistas dinâmicos

b. Os adocionistas

c. Os arianistas

1.3. Orígenes (185-254), foi o seu principal mentor

a. Ele teve uma vastíssima produção literária

b. Suas ideias eram de acordo e de contrariedade à ortodoxia da igreja

. Ideias neoplatônicas

. Ideias obscuras

c. Ele exerceu grande influência no Oriente por mais de 100 anos

d. Nas controvérsias em Niceia, havia os que apoiavam Ário usando Orígenes como base

e. Os que apoiavam Alexandre, opositor de Ário, também se baseavam no mesmo Orígenes

f. Segundo seus críticos, parece que a Trindade defendida por ele era subordinacionista:

. O Filho subordinado ao Pai e o Espírito Santo subordinado ao Filho

g. A Bíblia revela a igualdade das três pessoas da Trindade (Mt 28.19; 2Co 13.13).

2. No período pré-niceno

2.1. O Subordinacionismo foi uma tentativa, ainda que equivocada, de:

a. Preservar o monoteísmo

. Monoteísmo que negava a divindade absoluta de Jesus

b. Seus expoentes consideravam Cristo como Filho de Deus, inferior ao Pai.

. Eles afirmavam que o próprio Cristo declarava a sua inferioridade

. Usavam uma interpretação fora do contexto de algumas passagens dos Evangelhos

3. Métodos usados pelos subordinacionistas

3.1. Jesus é verdadeiro homem e ao mesmo tempo o verdadeiro Deus

a. Ninguém mais no céu e na terra possui essa característica (Rm 1.1-4; 9.5)

3.2. Os subordinacionistas usam passagens bíblicas que:

a. Apresentam Jesus como homem

b. Descartam as que afirmam ser Jesus o Deus igual ao Pai

III - COMO O SUBORDINACIONISMO SE APRESENTA HOJE

1. No contexto islâmico

1.1. O Islamismo:

a. Não considera Jesus como o Filho de Deus

b. Consideram Jesus como messias e profeta

c. Colocam Maomé acima de Jesus

1.2. Nenhum cristão tem dificuldade em detectar o erro de doutrina (Ef 1.21; Fp 2.8-11)

1.3. O Alcorão afirma que é blasfêmia dizer que Jesus é o Filho de Deus

a. Dizem que significaria uma relação íntima conjugal entre Deus e Maria

1.4. Seus líderes afirmam que os cristãos pregam esse absurdo (Jd 10)

a. Podemos refutar e dizer que até mesmo Satanás e os seus demônios reconhecem que Jesus é o Filho do Deus Altíssimo (Mc 5.7)

b. A expressão "Filho de Deus" no Novo Testamento significa a sua origem e a sua identidade (Jo 8.42).

c. Não segue o mesmo padrão de reprodução humana. (Mt 1.18, 20; Lc 1.35)

2. O movimento das Testemunhas de Jeová

2.1. Este confessa publicamente que crê na existência de vários deuses:

a. O Deus Todo-poderoso, Jeová

b. O deus poderoso, Jesus

c. Outros deuses menores, incluindo bons e maus

2.2. A fé cristã não admite a existência de outros deuses

a. É verdade que a Bíblia faz menção de deuses falsos

. Se são falsos, não podem ser Deus (Gl 4.8).

2.3. Cremos que há, apenas, um só Deus (1Co 8.6)

2.4. Eis uma boa pergunta que incomoda as Testemunhas de Jeová: "Jesus Cristo é uma divindade falsa ou verdadeira?"

a. Se a resposta for positiva, elas são obrigadas a reconhecer a divindade de Jesus e a Trindade

b. Se a resposta delas for negativa, elas estão admitindo que são seguidoras de um deus falso

Conclusão: O termo "filho" em relação a Jesus tem sido assunto de debate teológico desde o período dos Pais da Igreja. A interpretação bíblica que se faz é: Jesus é Filho Unigênito não porque foi gerado, mas sim porque é da mesma substância do Pai.

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