ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO NO IPIRANGA - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2025
Adolescentes: : GÊNESIS, O LIVRO DOS GRANDES COMEÇOS
COMENTARISTA: JOÃO PAULO MENDES
COMENTÁRIO: PROF.ª JACIARA DA SILVA
LIÇÃO Nº 10 – ESAÚ E JACÓ: DOIS IRMÃOS E UMA PROMESSA
Para refletir
“E cresceram os meninos, e Esaú foi homem perito na caça, homem do campo; mas Jacó era homem simples, habitando em tendas.” (Gn 25.27 - ACF).
Os meninos cresceram - Com o avanço da idade veio também a formação de seu caráter. Esaú tornou-se um hábil caçador, um “homem do campo”: não um lavrador, mas um que percorria o deserto aberto e inculto (ver Gn 4.8) em busca de caça; mas Jacó era um homem comum, ou seja, afazeres mais voltados à manutenção de cuidados de ovelhas, e outros e não dado a caçar.
Morando em tendas - Esaú também tinha uma tenda para sua morada, mas Jacó ficou em casa, seguindo as ocupações domésticas e ocupado com os rebanhos e gado. Portanto, ele era o queridinho da mãe, enquanto Isaque preferia seu filho mais empreendedor.
Assim, a luta entre os gêmeos levou também a uma divergência de sentimentos por parte dos pais. Ao longo de sua história, Jacó mantém esse personagem e aparece como um homem cujos interesses e felicidade estavam centrados em seu lar.
Texto Bíblico em estudo: Gn 25.19-34.
Isaque, Rebeca e os gêmeos
A pequena família de Isaque representava uma grande variedade de tipos de caráter.
Ele próprio carecia de energia e parece que, mais tarde na vida, foi uma ferramenta nas mãos dos outros.
Rebeca tinha uma natureza mais forte, era persistente, enérgica e administrou seu marido para o conteúdo de seu coração.
Os irmãos gêmeos eram fortemente opostos em caráter; e, naturalmente, cada pai amava mais o filho que era mais diferente dele ou dela: Isaque regozijando-se com a própria selvageria do aventureiro e arrojado Esaú; e Rebeca encontrando uma saída para sua ternura feminina em uma parcialidade indevida pelo rapaz quieto que estava sempre à disposição para ajudá-la e ser acariciado por ela.
A simpatia de alguém vai para Esaú. Ele era um “valente” - gostava mais da vida de caçador selvagem do que de ficar em casa cuidando de ovelhas. Ele tinha as características atraentes desse tipo de homem, assim como seus defeitos. Era franco, impulsivo, incapaz de perseverar no trabalho ou de olhar adiante, apaixonado. Seus descendentes preferem a criação de gado e a garimpagem de ouro a manter lojas ou sentar-se com os pulmões apertados contra uma mesa.
Jacó não tinha nem o bom humor nem a coragem animal de seu irmão. Ele era "um homem simples”, ou seja, era tido em um sentido inferior, que talvez possa ser representado por 'constante' ou 'respeitável', na fraseologia moderna. Ele fazia tranquilamente seu trabalho comum, em contraste com as escapadas e inquietações de seu irmão ousado.
A diferença entre os gêmeos
Os dois tipos são intensificados pela civilização e o antagonismo entre eles aumenta. A vida na cidade tende a produzir Jacós, e seus Esaús escapam dela assim que podem. Mas Jacó tinha os vícios, bem como as virtudes de suas qualidades. Ele era ordeiro e doméstico, mas era astuto e profundamente atento aos seus próprios interesses. Ele era perseverante e quase obstinado em sua tenacidade de propósito, mas não hesitava em tirar vantagens mesquinhas e chegar a seus objetivos por estradas lamacentas. Ele tinha pouco amor pelo irmão, em quem via um obstáculo à sua ambição. Ele tinha as virtudes e os vícios do espírito comercial.
Mas julgamos mal os dois homens se nos deixamos fascinar, como Isaque por Esaú, e esquecemos que os atrativos superficiais de seu caráter encerram um núcleo digno de desaprovação. Eles são juízes grosseiros de caráter que preferem o tipo de homem que despreza as restrições da paciente diligência e ordem. Os autores populares, que fazem deles seus heróis, erram tanto no gosto quanto na moral. Existe um tipo de literatura muito doentio, dedicado a glorificar os Esaús como bons companheiros, com espírito, generosidade e nobre descuido, enquanto no fundo eles são governados por impulsos animais e incapazes de estimar qualquer bem que não apele a eles.
O desprezo de Esaú pela benção divina
A grande lição desta história está em sua superfície. É a tolice e o pecado de comprar a gratificação presente do apetite ou dos sentidos ao preço de abrir mão de um bem futuro muito maior. Os detalhes são contados de forma pitoresca. A ânsia de Esaú, estimulada pelo cheiro da massa de lentilhas, é expressa de forma impressionante no hebraico: “Deixa-me devorar, peço-te, desse vermelho, desse guisado.”
Não é pecado ter fome, mas deixar o apetite falar tão clamorosamente indica fraco autocontrole.
Colaboração para o Portal Escola Dominical – Profª Jaciara da Silva