Lição 5 - Cristo nos ensinou o perdão I

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PORTAL ESCOLA DOMINICAL

QUARTO TRIMESTRE DE 2025

Adolescentes: O AMOR NA VIDA CRISTÃ

COMENTARISTA: DANIELE SOARES

COMENTÁRIO: Profª Jaciara da Silva

LIÇÃO Nº 5 – CRISTO NOS ENSINOU O PERDÃO

Para refletir

“Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete.” (Mt 18.22 - ACF).

Até sete vezes? - Os judeus criam que um homem deveria perdoar outras três vezes, mas não a quarta. Pedro mais que dobrou isso e perguntou se o perdão deveria ser exercido de forma tão ampla.

Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete – O significado é que não devemos limitar nosso perdão a um número fixo de vezes. Sempre que um irmão nos ofender e pedir perdão, devemos perdoá-lo. É, de fato, seu dever pedir perdão. Se a pessoa que nos ofendeu, fizer isso, é nosso dever declarar que o perdoamos e tratá-lo de acordo. Se ele não nos pede para perdoá-lo, ainda assim não podemos segui-lo com vingança e malícia, mas ainda devemos tratá-lo com bondade e fazer-lhe bem.

Texto Bíblico em estudo: Mt 18.21-33

Jesus nos ensina a perdoar

São muitas as circunstâncias do dia a dia que nos levam a exercitar o perdão, enquanto o mundo nos diz que somos “tolos” por perdoar quem nos causa mal.

Jesus nos ensina a perdoar, independentemente da situação que tenhamos sofrido, pois Deus, o Pai Cirador nos perdoa o quanto for necessário. Entretanto, quando agimos de forma contrária ao que o Senhor nos orienta, guardando mágoas, raiva de outras pessoas e de nós mesmos, isso nos escraviza e nos prende ao passado.

As mágoas guardadas podem trazer males à saúde física, emocional e psicológica, afetando-nos individual e socialmente. Porém, em Jesus há perdão. Ele nos perdoou e o faz sempre que nos arrependemos diante dele. Então, quem somos para não perdoarmos os nossos erros e o erro de outros em relação a nós? Ele perdoou o meu próximo, então quem sou eu para não perdoá-lo também?

O perdão é uma escolha, que nos torna livres da mágoa e da autocondenação, mas só vamos conseguir perdoar verdadeiramente com a ajuda de Cristo, quando entendermos que Ele veio pra nos mostrar a viver conforme a vontade de Deus Pai. Ele nos mostrou e deixou o molde para nos achegarmos mais e mais a Deus.

Perdoando a si mesmo

Muitas vezes perdoamos outras pessoas, mas não nos perdoamos e nos autocondenamos, não aceitando o perdão de Jesus.

Tal falta de perdão normalmente vem com a falta de autoestima, exigência ao extremo sobre nós mesmos, pensamentos ruins, falta de amor-próprio. Agindo assim, não conseguimos cumprir o segundo mandamento: “Ame o seu próximo como a si mesmo” (Mt 22.39).

Devemos lembrar que Deus já nos perdoou, não somos perfeitos, e ELE nos ama, o que precisamos é nos manter em Sua Luz. Precisamos lembrar que, somos humanos, logo erraremos muitas vezes, mas isso não nos torna uma pessoa horrível. Ainda que, precisamos cuidar para não ficar justificando os erros por conta dessa realidade, precisamos amadurecer.

Peça a Deus que lhe revele o imenso amor DELE por você, pois Ele entregou o Seu Filho unigênito por você (Jo 3.16). Peça a Ele que o ajude a se perdoar de quaisquer culpas que carrega.

Perdoar o próximo

Na oração do Pai nosso, em que Jesus nos ensina a orar, Ele também fala sobre perdão: “perdoa nossos pecados, assim como perdoamos aqueles que pecam contra nós” (Lc 11.4).

Quando alguém abre mão do seu direito à mágoa e comportamentos negativos para com a pessoa que lhe ofendeu, ela cresce diante do Senhor. Os maus sentimentos que sentia se convertem em sentimentos de compaixão, misericórdia e, possivelmente, amor para com o ofensor. Isso é possível a partir da nossa disposição em perdoar, e do agir do Senhor em nós.

Perdoar não é simplesmente esquecer o que sofremos, mas decidir não usar tal ofensa contra o ofensor. Aliás, o perdão vai além do não sentir mais raiva contra o agressor. Perdoar é entender que a conta do mal causado já foi paga. Quando perdoamos alguém que nos “deve”, a dor da dívida deve ser “cancelada”. Assim, como Jesus fez e faz conosco.

Existe também o “pseudo perdão”, que é quando você fala que perdoou, mas toda vez que lembra da situação e tem oportunidade, expõe à pessoa que o causou mal. A falta de perdão gera dor e Jesus não deseja isso para nós. Peça a Ele que o ajude a perdoar a pessoa que o machucou. Com certeza o Senhor o ajudará!

Entregue sua dor a Ele sempre que a sentir, e você verá chegar o dia em que a ferida foi curada e está cicatrizada.

Conclusão

O perdão não é um sentimento, é uma decisão e também uma atitude de fé. Já dissemos que o perdão não é por merecimento, logo, não tenho motivação alguma em minhas emoções a perdoar. Não me alegro por ter sido lesado, mas libero aquele que me lesou por uma decisão racional. Portanto, o perdão não flui espontaneamente, deve ser gerado no coração por levar em consideração aquilo que Deus fez por mim e sua ordem de perdoar. As consequências da falta de perdão também devem ser lembradas, para dar mais munição à razão do que à emoção. Perdoemos como Jesus perdoou seu algozes no calvário.

Fontes Consultadas:

BÍBLIA. Português. Bíblia Shedd. Tradução João Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada. 2ª Edição, São Paulo, Editora Vida Nova, 1997.

BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Pentecostal. Tradução João Ferreira de Almeida, Revista e Corrigida. Rio de Janeiro, Editora CPAD, 2002. Editor geral Donald Stamps, Editor brasileiro Pr. Antonio Gilberto.

NOVO TESTAMENTO Interlinear grego-portugues. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil, 2004. ELWELL, Walter A. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã. São Paulo, Reimpressão em 1 volume, 2009. HORTON, Stanley M.. Teologia Sistemática. CPAD

ILÚMINA – A Bíblia do século XXI

Colaboração para o Portal Escola Dominical – Prof.ª Jaciara da Silva

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