Juniores

Lição 12 - Elias, um profeta de milagres

ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO NO IPIRANGA - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

QUARTO TRIMESTRE DE 2020

Juniores: Histórias de fé e coragem

COMENTARISTA: JOSÉ CARVALHO DE ANDRADE

COMENTÁRIO: PROFª. JACIARA DA SILVA

LIÇÃO Nº 12 – ELIAS, UM PROFETA DE MILAGRES

Objetivo

Professor (a) ministre sua aula de forma que ao término, seu aluno possa conscientizar-se que precisamos colocar Deus em primeiro lugar em nossas vidas.

Memorizando

“Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz." (Tg 5.16 – NVI).

Texto bíblico em estudo: 1 Rs 17.1; 18.22-46.

Explorando as Escrituras

Elias, cujo nome significa “Jeová é Deus” foi chamado por Deus para o ministério profético, em um dos piores períodos da história de Israel. Período este, marcado por crise, fome, miséria, corrupção e apostasia. Mas, em meio à crise moral, social e espiritual, Deus pôde contar com a coragem e a determinação de Elias, para ser seu porta-voz.

O relato sobre a vida do profeta Elias inicia-se com uma declaração sobre a sua terra e seu povo: “Então, Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade” (1 Rs 17.1). Estas palavras põem no cenário bíblico uma das maiores figuras do movimento profético. Elias era de Tisbe, um lugarejo situado na região de Gileade e a leste do rio Jordão. Esse lugar não aparece em outras passagens bíblicas, mas é citado somente no contexto do profeta Elias (1 Rs 21.17; 2 Rs 1.3,8; 9.36). Elias se tornou muito maior do que o meio no qual vivia. Na verdade, não foi Tisbe que deu nome a Elias, mas foi Elias que colocou Tisbe no mapa!

Elias foi profeta do Reino do Norte. Nos dias de Elias, Israel estava sendo governado por reis maus e idólatras. A Bíblia diz que Onri “… fez o que era mau aos olhos do Senhor; e fez pior do que todos quantos foram antes dele” (1 Rs 16.25,26). Quando Onri morreu, em seu lugar reinou seu filho Acabe (I Rs 16.28), que teve a capacidade de fazer pior do que todos os reis que lhe antecederam. A Bíblia diz acerca de Acabe: “E fez Acabe, filho de Onri, o que era mau aos olhos do SENHOR, mais do que todos os que foram antes dele…” (1 Rs 16.30,31).

O rei Acabe destaca-se nas Escrituras como um rei idólatra, pois ele andou nos caminhos de Jeroboão (1 Rs 16.31); serviu a Baal e o adorou (1 Rs 16.31); conduzindo toda a nação à idolatria. Como se não bastasse, Acabe casou-se com Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; casamento este, jamais aprovado por Deus. Tudo isto fez Israel mergulhar no mais profundo paganismo, sem nenhuma pretenção de preservar o culto a Jeová, tornando-se uma nação idólatra e pagã, como as demais nações.

Acabe, influenciado por sua esposa Jezabel, substituiu o culto à Jeová pela adoração à Baal (1 Rs 16.31-33), Elias apareceu repentinamente perante o rei para anunciar a ausência de chuva e orvalho sobre a terra (1 Rs 17.1). Como a chuva é um dos principais elementos de sustentação da natureza, a falta dela provocou seca, fome e miséria. As Escrituras dizem que “… a fome era extrema em Samaria” (1 Rs 18.2). Isto fez com que Acabe se irasse ainda mais com Elias, pois achava que ele era o culpado daquela calamidade.

Era um período de inversão de valores: Em meio a crise e à miséria, o rei Acabe parece estar mais preocupado com os cavalos e as mulas do que com os súditos do seu reino; pois ele chama Obadias, e saem à procura de água para preservar a vida dos animais (1 Rs 18.5,6). Possivelmente movido pelo desespero, o próprio Acabe sai à procura de água com Obadias, o que não era um fato comum, pois, como rei, ele podería apenas ordenar a seus servos que saíssem à procura de água.

Era um período de idolatria e perseguição aos profetas: Jezabel, esposa do rei Acabe, ocupa o lugar de esposa mais ímpia da Bíblia. Além de controlar o seu esposo (1 Rs 21.25), ela levou a nação de Israel a adorar seus deuses (1 Rs 18.19,20). Como se não bastasse, intentou matar a todos os profetas do Senhor (1 Rs 18.4). Foi nessa ocasião que Obadias, um homem temente a Deus e servo do rei Acabe (possivelmente um mordomo ou camareiro do palácio), conseguiu esconder cem profetas do Senhor e os sustentou com pão e água, pondo em risco a sua própria vida, pois, caso fosse descoberto, tanto ele como os cem profetas, seriam mortos à mando de Jezabel.

Profetizar no tempo de Elias não era uma tarefa fácil. Era colocar a sua própria vida em risco (1 Rs 18.4). E Elias foi chamado para profetizar exatamente contra aqueles que tinham o poder nas mãos: o rei Acabe e sua ímpia esposa, Jezabel. Mas Elias não vacilou: Profetizou a falta de chuva e de orvalho (1 Rs 17.1); combateu o pecado de Acabe, chamando-o de perturbador de Israel (I Rs 18.18); desafiou os profetas de Baal (1 Rs 18.22-40) e predisse a morte do rei Acabe e de sua esposa Jezabel (I Rs 22.17-24). Somente uma confiança inabalável em Deus poderia levar um homem a profetizar naqueles dias.

Ele desafiou o povo a fazer uma escolha definitiva entre seguir a Deus ou a Baal. Os israelitas achavam que podiam adorar o Deus verdadeiro e ao mesmo tempo adorar a Baal. Eles tinham o coração dividido e por esta razão queriam servir a dois senhores. Jesus, durante o seu ministério terreno advertiu contra essa atitude fatal: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro” (Mt 6.24).

Deus respondeu com fogo que queimou o sacrifício e consumiu a água que nas valas em volta do altar. Nesse dia os 450 profetas de Baal foram mortos a espada.

Elias foi ameaçado por Jezabel, após a morte dos profetas de Baal, perdeu o ânimo e desejou a morte (1 Rs 19.4). Parecia o fim da jornada daquele destemido profeta. No entanto, Deus envia um anjo para lhe dar pão e água (1 Rs 19.5-7). Com a força daquela comida, Elias caminhou quarenta dias e quarenta noites até chegar à Horebe (1 Rs 19.8). Ao chegar em Horebe, ele esconde-se em uma caverna, onde tem um encontro com Deus, que lhe fala numa voz mansa e delicada (1 Rs 19.12). Sua forças, então, são renovadas, fazendo com que ele saísse daquela caverna e executasse os propósitos divinos (1 Rs 19.15-21).

Conclusão

Professor (a) enfatize aos pequenos que o ministério de Elias foi marcado por profecias, milagres, desafios e muitas experiências com Deus. Porém, o acontecimento mais notável na vida do profeta Elias não foi profetizar a falta de chuva, nem desafiar os profetas de Baal, nem ressuscitar o filho da viúva. Sem dúvidas, o fato mais notável foi quando lhe apareceram cavalos e carros de fogo e, em um redemoinho, ele foi levado ao céu (2 Rs 2.11).

Assim Deus faz com todos os servos fiéis, que com integridade, amor e dedicação O adora e O obedece.

Referências bibliográficas

• SCHULTZ, Samuel J. – A História de Israel no Antigo Testamento – 2º edição – Editora Vida Nova, 2009

• JOSEFO, Flávio. História dos hebreus: de Abraão à queda de Jerusalém (obra completa). Trad. de Vicente Pedroso. Editora: CPAD, 2004.

Colaboração para Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva.

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