Lição 4 - Jesus e Sua interpretação da lei III

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ASSEMBLEIA DE DEUS - CAMPINA GRANDE/PB

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2017

Jovens - O sermão do monte> a justiça sob a ótica de Jesus

COMENTARISTA: CÉSAR MOISÉS CARVALHO

COMENTARIO: PROF. FRANCISCO DE ASSIS BARBOSA

LIÇÃO Nº 4 – JESUS E SUA INTERPRETAÇÃO DA LEI

COMENTÁRIO DA LIÇÃO

INTRODUÇÃO

O Evangelho é superior a qualquer código de regras, pois o seu fundamento é a Boa Notícia de que, além de nos salvar, Deus, em Jesus, tornou-se modelo de ser humano para toda a humanidade (Mt 5.48). Esta é, basicamente, a próxima mensagem e lição do Sermão do Monte. Através de seis antíteses (teses contrárias, cf. vv.22,28,32,34,39,44), o Mestre demonstra que a observância mecânica dos mandamentos nada significa se o intento maior não for alcançado, ou seja, a transformação do caráter e da natureza, extirpando todo ódio, cobiça, desprezo, falsidade, vingança e egoísmo. Jesus mostra que a “justiça” dos escribas, doutores da Lei, estava muito aquém do real propósito da Lei, e também muito longe do que era esperado das pessoas que diziam crer em Deus como seu Pai (Mt 5.48). [Comentário: O que é a Perfeição Cristã? A resposta encontramos em Hebreus 7.28: “Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre.” É a busca para se tornar semelhante a Jesus, o único perfeito. Ele é o nosso padrão de santidade, por isso, devemos andar como Jesus andou, sentir o que Ele sentiu e viver como Ele viveu:“Sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai Celeste” (Mt 5.48). O código de leis judaico, um dos mais antigos e complexos, possui 613 preceitos que representam a regra e prática de vida a ser seguida por aqueles que querem ser verdadeiros judeus. Desses 613, 365 são mandamentos negativos ou proibições. E 248 são mandamentos positivos. Desde os dias de Moisés, até os dias de Jesus inúmeras interpretações surgiram. E muitas delas foram trazendo ao povo a opressão e o jugo do intérprete. No Sermão da Montanha, Jesus contradiz os intérpretes e fariseus exatamente por que impunham sobre os ombros dos seus liderados uma interpretação pesada demais. Jesus então resume estes 613 preceitos e afirma qual é a sua finalidade: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.Isto não significa que a Lei perdeu seu valor: “Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.” (Mt 5.19). Há ainda uma justiça requerida por Jesus; “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus” (Mt 5.20). Tal justiça significa aquilo que está no coração, não só os feitos externos, aquilo que criam ou fingiam crer por meio de um esforço próprio.] Let's think maturely the Christian faith?

I. NÃO ODIAR, COBIÇAR OU DESPREZAR

1. Mais que não matar, é preciso não odiar. De acordo com a Lei, além de pecado, matar é crime passível de severa punição (Êx 20.13; 21.23-25; Lv 24.21; Dt 5.17). O Mestre, porém, toca no âmago do problema ao dizer que a raiva gratuita ou mesmo depreciações verbais, frutos do ódio, são condenáveis (v.22). Como o Templo ainda estava em atividade, Jesus diz que alguém que sabe que existe uma pessoa aborrecida por sua causa deve, antes de apresentar sua oferta ao sacerdote, procurar a pessoa em questão e reconciliar-se com ela, antes que seja tarde demais (vv.23.26 cf. Pv 18.19).[Comentário: Êxodo 20.13 assevera: “Não matarás”. A Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD) comentando este texto, diz: “O sexto mandamento proíbe o homicídio deliberado, intencional, ilícito. Deus ordena a pena de morte para a violação desse mandamento (ver Gn 9.6). O NT condena, não somente o homicídio mas também o ódio, que leva alguém a desejar a morte de outrem (1Jo 3.15), bem como qualquer outra ação ou influência maléfica que cause a morte espiritual de alguém (ver Mt 5.22; 18.6).” O apóstolo João escreve em sua epístola: “Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem permanente nele a vida eterna” (1Jo 3.15), aqui, João enfatiza que há certos pecados que o crente nascido de novo não poderá cometer porque nele permanece a vida eterna de Cristo (1Jo 2.11,15,16; 3.6-8,10,14,15; 4.20; 5.2; 2 Jo 9). Esses pecados, por causa da sua gravidade e da sua origem no próprio espírito da pessoa, evidenciam uma rebelião resoluta da pessoa contra Deus, um afastamento de Cristo, um decair da graça e uma cessação da vida vital da salvação (Gl 5.4). É por esta razão que quem disser: "o Espírito Santo habita em mim, tenho comunhão com Jesus Cristo e estou salvo por Ele", mas pratica tal pecado, engana a si mesmo e "é mentiroso, e nele não está a verdade" (2.4; cf. 1.6; 3.7,8). Em Mt 5.22, Jesus não se refere à ira justa contra os ímpios e iníquos (veja Jo 2.13-17); Ele condena o ódio vingativo, que deseja, de modo injusto, a morte doutra pessoa. Alguma versões trazem o termo ‘Raca’, palavra aramaica que era usada como insulto, denota desprezo e significa algo como ‘tolo’, ‘estúpido’. Cuidado com a ira e o uso de palavras que ferem, machucam e denigrem. Paulo afirma que essa atitude vingativa e cruel é pecado (Rm 12.17-19).]

2. Não basta fugir do adultério, é preciso extirpar a cobiça. Segundo a Lei, o adultério merecia uma punição exemplar e, por isso, os adúlteros recebiam a pena capital (Lv 20.10 cf. Êx 20.14; Dt 5.18). Jesus, contudo, ensina que não basta simplesmente não consumar o ato, antes, é preciso eliminá-lo em seu nascedouro, isto é, no “coração” ou na mente, onde tudo tem início (v.28). Uma vez mais, o Mestre lança mão de uma figura de linguagem para falar o quanto pode custar para nós libertar-se de desejos impuros. Todavia, é melhor livrar-se do prazer momentâneo, que experimentar a condenação eterna (vv.29,30).[Comentário: Os fariseus interpretam os ensinamentos de Moisés sobre o divórcio (Dt 24.1) como significando que um homem poderia divorciar-se de sua esposa mediante de qualquer motivo. Aqui, Jesus opõe-se ao ensino deles abusivo deles restringindo o divórcio aos fundamentos da prostituição, um termo que significa qualquer desvio dos padrões bíblicos claramente definidos para a atividade sexual. Paulo escrevendo aos Coríntios, diz: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.” (1Co 10.13). O adultério começa muito antes do ato. Ele começa com a cobiça, com o olhar o outro e desejar.]

Fonte: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2017/04/licao-4-jovens-jesus-e-sua.html#more Acesso em 19 abr. 2017.

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