Lição 11 - Despertemos para a vinda do grande Rei IV

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ASSEMBLEIA DE DEUS - SETOR 38 (MÁRIO LIRA I)/NATAL-RN

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

QUARTO TRIMESTRE DE 2018

Adultos - As parábolas de Jesus: as verdades e princípios divinos para uma vida abundante

COMENTARISTA: WAGNER TADEU DOS SANTOS GABY

COMENTÁRIO: DC. ANTONIO VITOR LIMA BORBA

LIÇÃO Nº 11 – DESPERTEMOS PARA A VINDA DO GRANDE REI

Devemos sempre estar prontos, com as nossas vidas pautadas em santidade e amor, para que possamos ouvir o ressoar da trombeta, e sermos arrebatados com o Senhor. Esta parábola nos transmite a importância de estarmos preparados para nos encontrar com Jesus.

Neste comentário traremos um auxílio dentro do texto proposto em cada tópico, seguindo os objetivos específicos dados pela lição, com o objetivo de contribuir para o preparo de sua aula. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.

INTERPRETAÇÃO A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS

Esta parábola nos é apresentada através de uma cena de casamento. É interessante destacar, que o ritual cerimonialístico de um casamento no mundo antigo, era feito com muitas celebrações que ocorriam na casa do pai da noiva, e que o período compreendido entre o noivado e casamento poderia se estender por vários anos, mas comumente era realizado em apenas um ano.

Quando chegava o dia do casamento, depois da noiva estar adornada e perfumada para o grande momento, ela era, então levada em uma procissão festiva até a casa do noivo (ou para a casa dos seus pais, caso o casal fosse morar lá). Ao cair da noite a procissão iniciaria e a noiva seria escoltada até a casa do noivo por uma multidão com tochas e lanternas. O noivo saía para receber a noiva e a trazia para dentro com tochas da casa onde as bênçãos e a celebração durariam até sete dias. (SNODGRASS 2010, p. 712)

Nesta história, Cristo nos apresenta dez moças, virgens, que foram ao encontro do noivo (esposo), todas elas com suas lamparinas nas mãos, e todas as lamparinas estavam acesas, contudo somente cinco tinham-se provido de azeite reserva, caso acontecesse algum imprevisto.

Baseado no relato que lemos um pouco acima, percebemos que esta procissão de encontro ao noivo, deveria deixar as moças com tempo suficiente de azeite em suas lamparinas - daí talvez possamos entender o motivo das néscias não terem levado azeite reserva - contudo, ao chegarem ao local, o noivo não se encontrara lá, e estava a demorar em sua chegada, o que as fizeram tosquenejar e adormecerem.

Com a chegada do noivo, e o anúncio de sua vinda, elas rapidamente despertam do seu sono, e vão resolver os últimos detalhes para o encontro, mas algo ruim acontece com as néscias.

A comitiva, desfilando lentamente pela vila, demora um pouco mais do que essas dez jovens, em seu entusiasmo juvenil, previram [...] As jovens mais prudentes perceberam que poderia ser tarde da noite quando a comitiva da festa de casamento chegasse à casa da família do noivo. As jovens ficaram sonolentas [...] e cochilaram dentro ou fora da casa. Finalmente a linha de frente da comitiva entra na vila e soa o grito: “O noivo chegou. Saiam ao encontro dele”[...] As dez jovens levantaram rapidamente, percebendo que algum tempo se passara, ecomeçaram a “preparar as suas lâmpadas”. Os pavios soltos tinham de serajustados, e o reservatório de azeite dentro das lâmpadas, reabastecidos. Paraseu horror, cinco das moças de repente perceberam o seu erro. Suas lâmpadasestão quase sem azeite e elas não têm azeite reserva. (BAILEY 2008, p. 274)

Esta parábola nos remete a pensar no fato de estarmos sempre preparados para a vinda de Cristo. É fato que todas estavam dormindo por causa da demora, contudo, cinco estavam preparadas para quando o noivo chegasse.Devemos aprender com as prudentes, pois devemos estar preparados para a volta de Cristo a qualquer momento de nossas vidas, seja de dia ou de noite, nossas lamparinas sempre devem estarem cheias de azeite, para que possamos ser arrebatados naquele dia.

Azeite é o símbolo da presença contínua do Espírito Santo em nossas vidas. É o símbolo do crente que dedica a sua vida a busca da santificação para estar com o seu passaporte carimbado para a morada no céu.

Jesus, numa série de ilustrações, ressalta a necessidade de fidelidade e vigilância do crente até que Ele volte. A parábola das dez virgens destaca a urgente necessidade disso, pelo fato de Cristo vir numa data imprevisível [...] O azeite nesta parábola representa no crente a presença permanente do Espírito Santo, aliada à fé verdadeira e à santidade. (STAMPS 1995, p. 1442)

O ARREBATAMENTO DA IGREJA É IMINENTE

O arrebatamento da igreja é uma promessa Fiel e Verdadeira na qual nós esperamos com esmero e ansiedade. Ela vem atrelada a várias bênçãos sem medidas que receberemos junto ao Pai, quando chegarmos aos céus.

O termo “arrebatamento” deriva da palavra raptus em latim, que significa “arrebatado rapidamente e com força”. O termo latino raptus equivale a harpazo em grego, traduzido por “arrebatado” em 1 Ts 4.17. Esse evento [...] refere-se à ocasião em que a igreja do Senhor será arrebatada da terra para encontrar-se com Ele nos ares. (STAMPS 1995, p. 1849)

Não existe uma data fixada para que o arrebatamento da igreja aconteça. O que sabemos somente é que devemos estar preparados para a Sua volta. As dez moças representam a igreja em sua continuidade, as prudentes a parte daqueles que se preparam cotidianamente para a volta do Noivo, e as néscias aqueles que sabem que Cristo voltará em uma data não revelada, mas iminente, contudo segue sua vida sem preocupação de se preparar para aquele grande dia.

Esta parábola ressalta o fato que todos os crentes devem constantemente examinar sua vida espiritual, tendo em vista a vinda de Cristo num tempo desconhecido e inesperado. Devem perseverar na fé, para que uma vez chegados o dia e a hora, sejam levados pelo Senhor na sua volta. Estar sem comunhão pessoal com o Senhor quando Ele voltar, significa ser lançado fora da sua presença e do seu reino. (STAMPS 1995, p. 1442)

É fato que muitos não tratam com importância a volta de Cristo. Outros até desacreditam que ela pode ser iminente, de modo a até fazerem “chacota” com a nossa crença de um arrebatamento a qualquer momento, como é o caso dos Reformados que creem no Pós – Tribulacionismo (que a igreja será transformada apenas no final da tribulação).

Contudo, a Bíblia é clara, com inúmeras provas de um arrebatamento iminente, somente o apóstolo Paulo faz aproximadamente 50 citações ligadas a isso. Que possamos vigiar para não sermos pegos despreparados.

Jesus é o noivo voltando, que chegará no final das eras, estendendo uma calorosa recepção a todos os convidados que pacientemente permaneceram esperando a sua vinda e estão devidamente preparados para sua chegada. Bem-aventurados aqueles cujas lâmpadas se mantém fielmente acesas, enquanto vigiam e esperam por sua aparição. (BAILEY 2008, p. 277)

UMA VIDA CHEIA DO ESPÍRITO E DE SANTIDADE

Esta parábola nos convidar a estamos em prontidão aguardando a volta de Cristo em santificação. O texto sagrado é enfático quando diz que sem a santificação ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).

Santificação nada mais é do que a “Separação do mal e do pecado, e dedicação ao serviço do Reino de Deus. É a forma pela qual o filho de Deus aperfeiçoa-se à semelhança do Pai Celeste (Lv 11.44). A santificação só é possível através da Palavra de Deus e mediante o sangue de Cristo (Jo 17.17; 1 Jo 1.7)” (ANDRADE 1996, p. 326).

Muitos confundem o Batismo no Espírito Santo com uma vida em santidade e temor.

Batismo no Espírito Santo não é a garantia da santificação pessoal, mas sim um revestimento de poder concedido ao homem por intermédio do Espírito Santo. Devemos viver a plenitude do Espírito Santo, ou seja, dedicar a nossa vida para que seja santificada diuturnamente por Ele, de modo a ficarmos preparados para morar nos céus.

Esperando Jesus voltar hoje!

Dc. Antonio Vitor de Lima Borba

Referências:

- STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, 2015;

- SNODGRASS, Klyne. Compreendendo todas as parábolas de Jesus. CPAD, 2010;

- ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. CPAD, 1996.

- BAILEY, Kenneth E. Jesus pela Ótica do Oriente Médio. Vida Nova, 2008.

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - DC. ANTONIO VITOR LIMA BORBA